Wednesday, December 28
Mensagens de Natal
Friday, December 23
Feliz Natal para todos!!
Glory to the new born King
Peace on Earth and mercy mild
God and siners reconciled
Joyful all ye nations rise
Join the triumph of the skies
With th’an angelic host proclaim
Christ is born is Bethlehem.”
A véspera de Natal já é amanhã, sendo para os Católicos a celebração do nascimento de Jesus Cristo o Salvador. Para todos é a celebração máxima do consumismo, por vezes mascarada pela chamada “reunião familiar”. O Natal é uma época excelente para campanhas de solidariedade, toda a gente sente que deve dar qualquer coisa às pobres criancinhas... Todos procuram o presente ideal para as pessoas que gostam e todos têm presentes a que se sentem obrigados a oferecer com aquele sorriso amarelo. É uma noite e puff acabou a generosidade, a chata da família, a boa disposição e até o sorriso amarelo.
Eu sempre adorei o Natal e o seu misticismo! Como criança que fui adorava e adoro receber presentes, quem não gosta?! Mas em comparação sinto que dei mais valor ao Natal como época em que se fazem imensos doces, decora-se a casa, o pinheiro, há canções natalícias em todo o lado, estamos todos em família e também aquele sorriso de surpresa com que se abrem os presentes por mais baratos que sejam. É engraçado sempre gostei mais dos presentes embrulhados do que do seu interior porque realmente há embrulhos mesmo apetecíveis. Diz-se que o natal é para as crianças, a oferta daquele brinquedo, eles não os largam durante a noite toda e por isso é difícil metê-los na cama tal é o êxtase. O que eu pergunto é se isto ainda acontece? Pelo que vejo as prendas são cada vez mais caras e as pessoas dão menos valor ao dinheiro que custa ganhar e que para muita boa gente é um sacrifício familiar severo. Detesto pensar que as crianças que não têm noção disto crescerão mimadas e que cada vez mais a sociedade irá se tornar fútil.
Este ano foi complicado entranhar o Natal, tanto foi o trabalho e pouco foi o tempo para cantarolar e enfeitar a casa. Ainda não estou completamente de férias e o Natal é amanhã e pronto acabou tudo...Também já não há crianças em casa, ou melhor a criança sou eu...logo perde-se sempre um pouco...e tenho pena porque é a época que mais gosto...
No entanto é sempre uma altura boa para resolvermos problemas antigos, olharmos para a nossa família e vermos onde podemos melhorar, o que podemos fazer para tornar a vida de todos mais feliz. Há pequenos gestos que são tão grandiosos e que nos esquecemos os quão importantes são! Por isso o meu conselho é não dar tanto valor às prendas e façam um esforço para estar com quem gostam e façam alguém feliz!
Saturday, December 17
“The Lion, the Wizard and the Wardrobe” de Andrew Adamson
Séculos passaram em Nárnia e Jadis apoderou-se do título de rainha, transformando o tempo de forma a ser sempre Inverno sem Natal.
Nos princípios dos anos 40 a II Guerra Mundial está no seu auge e Londres é bombardeada, anunciando um aumento destes ataques. Assim na tentativa de salvaguardar as gerações futuras, as crianças são afastadas de Londres indo ou para casas de familiares ou então para casas de pessoas que os albergavam apesar de não os conhecerem. Peter, Susan, Edmund e Lucy dirigem-se de comboio para à casa do professor Kirke, um velho que vive numa casa grande e antiga governada pela Sra.MacReady. E é nessa casa que um guarda-roupa esconde um segredo, sendo o elemento de união de dois mundos distintos. É quando um dos pequenos o descobre que a aventura começa. Em Nárnia a mudança está perto pois a profecia diz que virão dois filhos de Adão e duas filhas de Eva que ocuparão os 4 tronos de Cair Paravel e a Paz reinará.
É este o mote deste filme baseado na obra de C.S.Lewis.
Quando vi o filme não deixei de estabelecer semelhanças entre Nárnia e a II Guerra Mundial, na medida em que em que uma guerra é sempre um guerra liderada pela ambição e poder, pelo desprezo dos adversários, deixando é claro a mensagem que o Bem prevalece sempre pois é liderado pelos inocentes e de mente pura, os corajosos que não olham para trás apesar do que deixam e pensam apenas do objectivo da Paz. Pois bem esta é a ideologia que se deve deixar às gerações seguintes pois o que infelizmente vemos na realidade é muito mais vil e mesquinho, de tal forma que só através de contos e fábulas poderemos continuar a incutir algum bom senso e esperança. É claro que pode ser uma extrapolação minha, mas o facto de existir tantos seres em Nárnia, todos diferentes, todos com a sua beleza, dando grande valor à Natureza e aos seres que a compõem poderá ser uma excelente mensagem para o futuro. Ou então não e é só fantasia tentando ocupar o tempo das crianças... Eu aponto para a primeira, pois já é da nossa natureza embelezarmos as histórias quando as temos de contar às crianças, porque sabemos que não é fácil contar a realidade.
O filme é muito simpático para esta quadra natalícia!
Em relação ao filme propriamente dito há algumas falhas em relação ao livro que escapam bem, talvez Jadis pudesse ser mais má... há outros erros pouco relevantes no filme como por exemplo a cor das meias de Lucy...mas isto já são niquices...
Visualmente acho que dificilmente podia ser melhor...
Wednesday, December 7
Trailers
Confesso que não sou uma entendida em internet e pouco menos em distinguir sites bons de maus, mas o http://www.apple.com/trailers/ é muito bom para ver trailers de avanço. Eu adoro ver trailers e delirei com este site, quando vou ao cinema dão sempre poucos e assim sempre-se pode escolher...
Monday, December 5
"The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe" de Andrew Adamson
site oficial: www.narnia.com
Sunday, December 4
“Elizabethtown” de Cameron Crowe
O filme tem o seu quê de romântico acompanhado com a dor um pouco escondida da perda de um ente querido, de tudo o que se perde quando alguém não estará mais na nossa presença, das coisas que gostaríamos de falar e de ouvir... Embora o argumento não acentue em demasia a tristeza, ela está lá na expressão sempre constante e por vezes enervante de Drew. Em relação aos actores, não estiveram mal, Kirsten Dunst até me surpreendeu um pouco, mas ó o Orlando se põe fino ou então vão ser este tipo de filmes até passar da idade... há coisas bastante originais no filme, mas falta-lhe qualquer coisa para ser bom e não apenas razoável...
“A Nightmare before Christmas” (1993) de Henry Selick
Jack é nem mais que o rei das Abóboras, tendo a seu cargo o planeamento do Halloween, a noite mais importante para a sua comunidade. Esta comunidade é constituída por tudo o que possam imaginar, desde bruxas, vampiros, cientistas malucos ao Papão. Jack no entanto anda desanimado e ao vaguear pelo bosque vai parar à casa do Pai Natal, onde está tudo em frenesim na preparação da noite de Natal, com os brinquedos a serem feitos e embrulhados. Jack gosta do que vê e de todo o espírito natalício decidindo ser ele a fazer o Natal este ano também...mas Jack não se apercebe do que irá acontecer...O filme é em parte musical e é claro Danny Elfman está lá metido, não só dando a voz a alguns personagens como o próprio Jack (quando canta), como na banda sonora, assim como o fez nos Oompa Loompas e mais recentemente nos Skeletones em “Corpse Bride”.
O filme é divertidíssimo e está definitivamente entre as minhas animações preferidas.
Friday, December 2
“Les Choristes” (2004) de Christophe Barratier
“Fond de l’etang” (Fundo do pantâno), é uma escola do tipo internato dos anos 40 em que são “acolhidos” meninos órfãos e problemáticos. É nesta escola que “Clément Mathieu” (Gérard Jugnot) vai parar, ocupando o lugar de supervisor e professor. O director da escola, “Rachin” (François Berléand), é uma pessoa rígida que mantém os miúdos na ponta da espada, ordenando castigos por qualquer diabrura, castigos estes que podem ser comparáveis às solitárias de muitas prisões...As crianças podem ser capazes de muita maldade mas também, se dada a oportunidade, de coisas extraordinárias e basta a pedagogia certa. Clément Mathieu consegue-o e mais ainda pô-los a cantar e ainda por cima bem. Além da música Clément dá-lhes um rumo, algo por que lutar, algo mais que castigos e livros para estudar. E isso é mais evidente em “Pierre Morhange” cuja voz límpida e divinal inspira o artista e o dotado rebelde, permitindo-lhe uma vida diferente da que estaria destinado.
Pode-nos parecer estranho, mas nos internatos acontecia de tudo, alguns eram melhores do que outros, mas todos bastante severos. Ser alguém nunca foi fácil, principalmente quando se luta sozinho e os estímulos são negativos. Nesse sentido devemo-nos sentir privilegiados quando temos tudo ao nosso dispor.
As canções do filme são encantadoras, entram rapidamente no ouvido e no espírito.
Quem não gostar de musicais perde sem dúvida um bom filme!
Site oficial
http://www.leschoristes-lefilm.com/
Letra da música “Carresse sur l’océan” http://www.paroles.net/chansons/34743.htm
“Garden State” (2004) de Zach Braff
Zach, realizador e actor, interpreta “Andrew Largeman”, um jovem “drogado” (comprimidos), impassível, de olhar parado, que volta à sua terra natal por ocasião do funeral da mãe. A relação com o pai não é das melhores, até porque é o seu psiquiatra, que o entope de comprimidos. Andrew já nem sabe se é “depressivo” porque o é ou porque lho impingiram, o mundo passa-lhe completamente ao lado, como se o corpo estivesse presente e a alma fugisse juntamente com os seus pensamentos. Ele reencontra velhos amigos e por acaso conhece “Sam” (Natalie Portman), uma rapariga que mente e fala de uma maneira compulsiva, fruto do sentimento de insegurança face às pessoas, mas no fundo é a pessoa mais “sã” que Andrew encontra. Sam tem um brilho no olhar e uma alegria interior inocente e pura. Enquanto isto Andrew tenta encontrar-se, situar-se no mundo, as mágoas antigas aparecem e Sam torna-se a sua cúmplice, a sua companheira, algo que ele não sabia o que era... e só assim as coisas tornam-se mais leves...e a vida pode finalmente continuar!
É certo que há vários elementos da história demasiado americanos e é difícil imaginar determinadas coisas no contexto em que vivemos, mas mesmo assim expõe muito bem a problemática da juventude em alguns aspectos, nomeadamente o uso abusivo de anti-depressivos, que vem sendo um factor crescente. O problema é na maioria das vezes a falta de comunicação entre as pessoas, que não desabafam os seus problemas e continuam numa viagem cada vez mais dura até à loucura, não dando a si mesmas a possibilidade de serem felizes e aproveitarem cada dia com um sorriso no rosto. E o mais grave é quando esta viagem sem volta é nos incentivada por familiares ou amigos.
Zach e Natalie encarnaram muito bem o papel, a apatia de Zach é perfeita e cada vez mais acho que Natalie faz qualquer papel com uma perna às costas. No papel de pai de Andrew temos o “hobbit” Ian Holm e Peter Sarsgaard no papel de amigo mais próximo.
O filme é extremamente aconselhável e fantástico para ver com amigos ( J ), mesmo porque é um pouco “doido”.
Sunday, November 27
“Harry Potter and the Goblet of Fire” de Mike Newell
Harry Potter está no 4º ano em Hogwarts, mas é neste ano que decorre um Campeonato de 3 feiticeiros, cada um de cada escola. (Hogwarts, Durmstrang e Beauxbatons) O que ninguém esperava era que além dos 3 escolhidos saísse também o nome de Harry, que terá de participar apesar dos seus 14 anos. As 3 provas não são nada fáceis e Voldermort está de volta e em força...
Como personagens “novas” temos Mad-eye Moody o novo professor da defesa contra as artes negras, bastante tresloucado (em Portugal deram-lhe o título honorífico de esgazeado...); Rita Skeeter, a repórter incomodativa, mas bastante engraçada; Cedric Diggory, o outro concorrente de Hogwarts que não só compete com Harry no torneio, como também na afeição de Cho Chang; além destes há Krum, Fleur e muitos outros...
As relações de amizade entre Hermione, Ron e Harry tomam outra dimensão, rapidamente estes se tornaram adolescentes e com tudo o que é inerente, desde às brigas às relações amorosas. Temos igualmente personagens que aparecem muito pouco, como é o caso de Malfoy, Snape e a maioria dos professores.
Em termos de cenário, há uma variedade deles e cada um melhor do que o outro...as actuações também não estão nada más para este tipo de filme, bem talvez Ralph Fiennes pudesse ser mais mauzinho...
Não posso deixar de referir que cada vez que olhava para Daniel Radcliff vinha me à cabeça o actor Sean Penn, o miúdo está a ficar extremamente parecido de cara e até nas expressões...
Em relação ao livro vs. filme, bem sou sincera e já não me recordo muito, aliás quando vi o filme vinham-me pequenas memórias, mas pouco mais...de qualquer forma acho que está uma excelente adaptação, é certo que tem alguma violência, mas enganem-se os que pensem que isto é para criancinhas...é que ainda vem mais e pior!
Friday, November 18
“Danny the Dog” (2005) de Louis Leterrier
Neste filme encontramos as tão usuais cenas de luta de Jet Li, algumas um pouco cénicas de mais, mas que no final desempenham o seu papel, o contraste, entre um mundo um pouco obscuro e a possibilidade de uma vida perfeitamente normal e feliz, mesmo que baseada por “pequenas” coisas, por aquelas “pequenas” delícias que são a família, a música e o amor. Achei um filme agradável, em que o fim apesar de tudo não seguiu os moldes tendenciosos actuais, em que a música tem um papel muito importante (uma excelente Banda Sonora, ainda para mais para quem gosta de Massive Attack)...ai aquela Sonata No.11 K.331 de Mozart caiu que nem uma luva...
Sunday, November 13
A não perder!!!!
E o começo tem um fim....
Mais uma inovação teremos este ano, os powerpoints das palestras estarão brevemente no site, assim permitirá ao interessados reflectir mais profundamente os temas em questão.
Foram dias sem dormir, preocupações até dizer chega, dores de pés para alguns, fast food para todos, cansaço geral, mas o esforço no fim é recompensado por aquele gostinho que fica....
Parabéns a todos!!!
(Imagem retirada no site www.harley.com)
Saturday, November 5
“Memento” (2000) de Christopher Nolan
Friday, November 4
MTV Europe Music Awards Lisbon 2005
Para começar, o meu primeiro ponto negativo: colocaram como apresentador Borat, o actor que também é conhecido por fazer de Ali G. Todo o conceito de apresentador totó vindo do Cazaquistão até pode ser considerado “engraçado”, mas chegar ao ponto de insultar as pessoas, epá sinceramente eu discordo totalmente, mesmo que achemos que há grupos e bandas que não valem nada e que é só pelo palminho de cara das cantoras que elas conseguem algum sucesso.
Segundo ponto negativo: porquê é que os apresentadores portugueses (sem ser os da MTV Portugal) eram jogadores de futebol??? Ok até podem ser conhecidos pelo mundo fora, mas estamos numa cerimónia de música exclusivamente e não vejo porque não meter a Mariza que é tão conhecida lá fora….ou então dar a conhecer outras pessoas…Haveria tantas alternativas… Eu até percebo que tentem meter actores para promoverem os seus filmes que estão a sair ou que saíram à pouco, mas não acho muito correcto porque trata-se do mundo da música e não do cinema. Ninguém mete a Madonna nos Nobel pois não?
Terceiro ponto negativo: se só se pode falar inglês qual é o contributo português para a cerimónia? Será apenas o facto de eles terem mais uma viagem na agenda…Nem sequer a comida do buffet é portuguesa…acho que só o vinho…
Quarto ponto negativo: As actuações, por favor...tentem afinar um bocadinho…eu já não gosto muito de Robbie Williams e então depois daquela oscilante voz… Qual é a lógica de ganhar Best Male se não consegue cantar em público??
Quinto ponto negativo: É uma cerimónia televisiva com público, pois é, e então porque é que o pessoal no palco estava às vezes de costas para o público? Os premiados podiam ser um pouco mais convincentes no discurso...Desenvolver um pouco mais talvez…tipo Obrigado Obrigado toda a gente sabe dizer….
Sexto ponto negativo – Porque é que não havia uma banda portuguesa a actuar?
Sétimo ponto negativo – Se há uma cerimónia de entrega de prémios porque é que os nomeados não parecem? Acho ridículo que os que recebem o prémio, apareçam num ecrã a agradecerem…para isso os prémios eram logo mandados pelo correio e economizava-se imenso. Quem não aparece não recebe, não acham?
Pontos positivos – terem feito tradução simultânea embora tivesse corrido pessimamente, visto que algumas piadas de Borat escusavam tradução…pensei que ele fosse falar mais…ainda bem que assim não foi… O facto de alguns (apresentadores e premiados) terem-se esforçado por dizer alguma coisa em português …
Bem pró ano não contem comigo…prefiro saber no dia seguinte e só por curiosidade, porque sinceramente isto de MTV EMA é uma chachada de todo o tamanho…e as categorias são muito comerciais….
Ah e já me ia esquecendo de falar do problema de som e dos screamers perto do palco, é que quando um burro fala os outros abaixam as orelhas. (ou melhor calam-se….)
Já agora cá ficam os vencedores:
Melhor Álbum - "American Idiot", Green Day
Melhor Artista Hip-Hop - Snoop Dogg
Melhor Banda - Gorillaz
Melhor Artista R&B - Alicia Keys
Melhor Artista Masculino - Robbie Williams
Prémio Revelação - James Blunt
Melhor Artista Pop - Black Eyed Peas
Melhor Canção - "Speed Of Sound", Coldplay
Melhor Artista Rock - Green Day (na imagem)
Melhor Artista Alternativo - System of a Down
Melhor Artista Feminino - Shakira
Melhor Videoclip - "Believe", Chemical Brothers
Melhor Artista Português - The Gift
Monday, October 31
“21 Grams” (2003) de Alejandro González Iñárritu
Sean Penn, Benicio Del Toro e Naomi Watts dão corpo e alma a uma história que envolve sentimentos muito fortes, por vezes de extremos como o é o amor e a vingança. A morte é presença constante e a linha que a divide da vida é realmente muito ténue. O tema – o transplante de órgãos e a sua doação, é um pouco o mote para o filme e é a meu ver bastante interessante! Como nos sentiremos com um coração de outra pessoa? Seremos nós próprios na mesma, ou mudaremos? Será que gostaríamos de saber mais sobre o passado do doador e o seu modo de viver? A tristeza de uns pode ser a alegria de outros e a morte também pode trazer vida….
O mais engraçado é a mistura frenética de imagens com temporalidades bastante diferentes umas das outras, no princípio já sabemos coisas do início mas ainda não as compreendemos. Somos completamente bombardeados de informação dispersa que temos de organizar com o passar do tempo e é sem dúvida um filme extraordinário para ficarmos colados à cadeira, porque não é de todo enfadonho. O filme é bastante bom e tem excelentes actores com boas representações, é sempre agradável ver Benicio Del Toro e Sean Penn a representar…A apontar ao filme talvez alguma excessividade emocional em todas as cenas, nada é de conotação leve, podendo-se tornar para algumas pessoas um filme demasiado pesado e incompreendido. É claro que é bastante pesado e pretende o ser, são temas demasiado poderosos e que dificilmente não nos afectam psicologicamente. Mas lá está a “vida” não é somente para ser vivida, mas também para ser compreendida.
Este filme foi candidato aos Óscares de 2003 nas categorias de Melhor actor secundário (Benicio Del Toro) e na de Melhor Actriz Principal (Naomi Watts), perdendo para Tim Robbins (Mystic River) e Charlize Theron (Monster). O ano foi recheado de grandes filmes e não os podemos comparar porque são filmes diferentes, retractam realidades diferentes e eu também não os vi a todos, por isso o troféu é sempre relativo na minha humilde opinião, embora também tenha as minhas preferências é claro. Eleger o melhor nunca é fácil, principalmente quando questões económicas e de hierarquia se metem pelo meio. De qualquer forma desde já aconselho Mystic River, é muito bom, o livro é também excelente.
Sunday, October 30
“El Maquinista” (2004) de Brad Anderson
Monday, October 24
Enfim o dia chegou!
Sunday, October 23
“Eragon” e “Eldest” de Christopher Paolini
Eis que anda na berra o autor que começou a escrever “Eragon” com 15 anos, o livro que é o começo de uma trilogia e que se estende com “Eldest”.
Eragon é um rapaz pobre de 15 anos que numa das suas caçadas encontra uma pedra azulada e guarda-a, pensando que esta lhe daria alguma subsistência para si e para o seu tio Garrow e primo Roran. Ele não a consegue vender, até que um dia da pedra sai um dragão fêmea e a verdadeira história começa. Inicialmente ele consegue esconder Saphira (o dragão) mas o Império procura a todo o custo o ovo do dragão e Eragon é obrigado a fugir e a vingar a morte do tio. Fugitivo e apercebendo-se a pouco e pouco da noção de que acabara de se tornar um Cavaleiro, Eragon entra numa espécie de jornada do conhecimento, enfrentando muitas dificuldades, num mundo repleto de criaturas maléficas, onde o objectivo final será defrontar o Rei Galbatorix, Cavaleiro do mal, de forma a reinar a paz na Alagaësia.
Há Elfos, Anões, Homens, Dragões....Dejá vu ?
Pois bem...a história até é engraçada e nada aborrecida, mas há coisas tão parecidas com “O Senhor do Anéis” que até dói...todo o universo pareceu-me muito semelhante, Uruk-hai = Urgals, a linguagem de cada raça, sem falar na ideia global de uma pessoa ser a esperança de todos (mas isto é aceitável, nós humanos adoramos épicos)....Enfim, Tolkein está tão recente que tudo fica aquém deste.
Uma coisa que eu achei bem foi terem dado voz aos dragões e o autor ter explorado mais a magia e a leitura das mentes. O primeiro livro parece um pouco infantil na linguagem, não sei se é da tradução, pois no segundo não notei tanto. No entanto, neste existem erros de tradução graves, ao ponto de existirem palavras a mais nas frases, impedindo uma leitura fluente. (Ponto negativo para a revisão da tradução)
Não me arrependo de os ter lido, gosto do género, apesar da falta de criatividade em alguns pontos da trama, mas ok o rapaz ainda é novo e terá muito tempo para se aperfeiçoar.
Ah, é verdade o filme “Eragon” está em filmagens e é previsto para 2006, conta com a participação de Jeremy Irons, John Malkovich, Djimon Hounsou e Edward Speleers no papel principal. Para mais informações http://www.imdb.com/title/tt0449010/ e www.eragonmovie.com.
Saturday, October 22
“Hauru no ugoku shiro ” (2004) de Hayao Miyazaki
Após êxitos como “A princesa Mononoke” e a “A viagem de Chihiro” enfim que chega das mãos dos estúdios Ghibli – “O Castelo Andante”. O novo filme de Miyazaki, baseado no livro de Diana Wynne Jones “Howl’s Moving Castle”, conta a história de uma menina chamada Sophie que vive um pouco infeliz até ser transformada pela Bruxa do Nada numa velha corcunda e enrugada. Na tentativa de procurar reverter o feitiço, procura em vão a Bruxa, acabando por mero acaso por se tornar na mulher-a-dias de Howl, outro feiticeiro, vivendo numa espécie de castelo andante mágico. Numa mistura de fantasia e feitiços Sophie consegue como velha alcançar a felicidade que não conhecera como jovem que fora. Os cenários são encantadores e surreais, visto que a história se passa numa cidade europeia, nitidamente transformada por Miyazaki. Achei o filme muito giro, não só por relembrar muitos desenhos animados que via quando pequena, como também pelo romantismo puro tão desenraizado nos dias que correm. No entanto não deixa de ser um típico conto de fadas, a temática está lá apesar de um pouco diferente dos chamados “contos europeus”, em que a fantasia é mais limitada que a oriental. Já ouvi opiniões de que o final é um pouco apressado, talvez...mas qual é o final de um conto de fadas que não é em geral rápido no “bom sentido”. Pelo menos é a sensação que eu tenho, lembro-me da Cinderela, em que mal o príncipe descobre de quem é o sapato e casa logo com ela, e quando entram feitiços pelo meio mais natural é. Em suma o filme é muito giro e recomendável, mas não é nenhuma obra inovadora. Só queria deixar um ponto positivo às dobragens portuguesas, acho que estão a melhorar consideravelmente, às vezes têm vozes um pouco estridentes, mas ok continuem assim...só de me lembrar do “Aladino” em brasileiro (ups português regional do Brasil)...
Wednesday, October 19
Felicidade, Felicidade!!!!
É só para concretizar a minha extrema felicidade com o facto de termos uma pequena mas importante referência às Jornadas no site do 2010 (http://2010.flmid.com/Index.aspx), na secção comunidade. As inscrições vão começar em breve...
Friday, October 14
VII Jornadas de Biologia Aplicada - 10,11 e 12 de Novembro
Toda esta tentativa é infrutífera se não tivermos público para desfrutar da “conquista “ por se continuar a fazer algo não só por tradição mas porque acreditamos que é realmente importante. È nesse sentido que apelo a quem leia este texto, que vá ao nosso site (http://www.bio.uminho.pt/viijba), leia o programa e se estiver mesmo interessado, que venha e usufrua. As inscrições abrirão em breve...se não ficarem agradados com os preços, acreditem que não estão muito caros e que vai valer a pena! Arrisquem e façam algo diferente e arrojado...venham a Braga e participem connosco nesta odisseia da Biologia.
Monday, October 10
“The Life Aquatic with Steve Zissou” (2004) de Wes Anderson
Sinceramente não sei o que dizer do filme, porque não o entendi e por vezes irritava-me aquelas paragens cinematográficas tão típicas dos chamados filmes de culto. Parece-me claro que é uma metáfora, mas não me arrisco a sugerir a que me passa na cabeça. De qualquer forma concede-nos olhar diferente para desenjoar do cinema rotineiro!
Thursday, October 6
“The Manchurian Candidate” (2004) de Jonathan Demme
Mote – eleições americanas vs apoios financeiros obscuros.
Imaginem um candidato (“Raymond Shaw”) à vice-presidência dos EUA cuja mãe Senadora (“Eleanor Shaw”) é obsessiva, manipuladora, e um pouco radicalista. A isto juntem memórias pouco esclarecedoras e sonhos perturbantes relativos à Guerra do Golfo de 1991, pela qual ganhou a Medalha de Honra do Congresso.
Raymond Shaw é nada mais que um fantoche canditado à Casa Branca, mas até que ponto…
Os sonhos e as memórias atormentam igualmente o capitão “Ben Marco” (Denzel Washington). Este esteve presente na emboscada, cujo salvamento valeu a Raymond a medalha, no entanto procura esclarecer a verdade e à medida que investiga, mais perigoso se torna. O filme conta com a participação de actores como Meryl Streep, fabulosamente má no papel de Senadora, Jon Voight (Senador Thomas Jordan), Liev Shreiber encaixando perfeitamente no fantoche Raymond e claro Denzel Washington que se transfigura filme após filme com uma classe invejável. O filme recomenda-se sem dúvida, só não chega a ser magnífico porque já estamos fartos de teorias de conspiração e por isso já nada nos surpreende!
“Man on Fire” (2004) de Tony Scott
“Homem de fúria” é a segunda adaptação cinematográfica do romance homónimo de A.J.Quinell. O filme conta com a representação de Denzel Washington no papel de “John Creasy”, um antigo agente da CIA atormentado pelo seu passado, um ser sem família e sem qualquer laço afectivo que não o da bebida. A acção decorre no México e o filme pretende com esta história alertar para o número crescente de raptos que acontecem graças a grupos organizados, e que infelizmente apenas uma pequena percentagem dos raptados sobrevive. É uma realidade crescente nos países latinos e por isso a sua transposição da Itália para o México, já que o livro de Quinell escrito em 1980, reflecte o drama italiano da época. "John Creasy" acaba por ser o guarda-costas de uma menina muito perspicaz chamada "Pita" (Dakota Fanning). A menina trá-lo um pouco à vida e juntos estabelecem uma relação muito forte. A história não acaba aqui e o pior acontece quando ela é raptada e ele severamente baleado. A vingança começa e o filme começa a ficar algo violento…
Denzel Washington é muito bom actor e como tal ficamos colados ao ecrã, sem falar na Dakota Fanning que é uma actriz em perfeita ascenção, é querida, bonita e representa muito bem, basta lembrar o filme com Sean Penn “I am Sam”…O filme tem uma boa trama, mas este tipo de heroísmo está um pouco batido, principalmente quando o fim do filme é como é. Não deixa de modo algum de ser um filme interessante, não só pela temática, como pelos actores, mas ficamos com um certo mas na cabeça.
Só queria deixar uma última referência ao actor brasileiro”Charles Paraventi”…que entra …como mau da fita claro…mas é um mau pequenino…É impressão minha ou Hollywood anda a repescar muito brasileiro para papéis menores? Portugueses façam-se à vida!
Wednesday, October 5
“The Year in the Merde” e “Merde Actually” de Stephen Clarke
“The Brothers Grimm” de Terry Gilliam
No que respeita aos actores não há muito que dizer, nem de bem nem de mal, encaixam mas não entusiasmam muito. Apesar do papel de Mónica Belucci ser pequeno deu-me a impressão que daria uma excelente bruxa má num possível filme da “Branca de Neve”, não só porque as duas personagens têm muito em comum mas porque visualmente encaixa como uma luva.
Monday, September 26
Caixinha mágica!
O canto superior direito da SIC e da TVI (menos) é ocupado por um símbolo super importante, um que permite a classificação por idade da programação, e que constituiria um guia para pais e crianças. Muito bem, dez pontos para as ditas estações de televisão...podiam era ter se lembrado antes, bastava ver outros canais estrangeiros. A estação pública devia era ter sido a pioneira no assunto...
A medida é bastante importante, embora siga provavelmente o rumo dos cinemas em que qualquer pessoa em filmes com qualificação de maior de 18, é claro que assim podemos culpabilizar mais os pais por deixarem entupir os filhos de TV quando podiam fazer algo mais produtivo. Como já referi a medida é animadora e quando realmente assim é, é de desconfiar... comecei a ter mais atenção e reparei que por exemplo um programa como o CSI que para mim não devia ser transmitido às horas que efectivamente o é, tem nem mais nem menos que a qualificação de maiores de 12...por favor... crime, violência, mortos, cadáveres partidos aos bocados... Não é de admirar que a próxima geração seja violenta! É claro que cada criança tem a sua mentalidade e há pessoas mais “crescidas” do que outras...mas 12 acho inadmissível...quem é que faz essas classificações??? Aliás quase tudo sem ser a Fátima Lopes no SIC 10horas é para maiores de 12....
A televisão já anda nas lonas e cada vez mais há programas de bradar aos céus, telejornais super mega compridos, reality-shows para divertir o povinho, pacotes novela início da tarde+ fim da tarde + noite+ pela noite, dentro pelo preço de uma, falta de divulgação dos filmes e séries...enfim...por isso obrigado 2: por pelo menos respeitar o horário das séries, ter uma programação que dê para acompanhar e alguma cultura própria para consumo.
Ah boa...acabo de olhar para o televisor e está a dar o Herman...qual é classificação? Maiores de 12!!! É fantástico...acho que escuso de dizer coisa alguma...acho que quem faz as classificações nunca deve ter visto os respectivos programas.
Perdoemo-los por que não sabem o que fazem!
Friday, September 23
“Cidade de Deus”(2002) de Fernando Meirelles
Na “Cidade de Deus”, uma das várias favelas do Rio de Janeiro, o poder anda de mãos dadas com a morte, quem manda na favela é respeitado...mas não por muito tempo. Aparece sempre alguém a desafiar o poder, seja pelo dinheiro do tráfico de droga ou por ser ainda mais criminoso. A história desenvolve-se ao longo dos anos de um rapaz chamado “Busca-pé”, acompanhando os “bandidos” da época, uma artilharia cada vez mais pesada e regras cada vez mais duras. A visão é de inferno, as pessoas morrem nas favelas e isso parece nada significar, muito menos para a polícia que procura meio de ganhar algum lucro com a desgraça alheia. Parece um mundo completamente à parte daquilo que conhecemos e no entanto a criminalidade é conhecida mas não interiorizada. Ver este tipo de filmes faz-me pensar seriamente numa maneira de resolver o assunto, e acho que não chego a conclusão nenhuma...porque no fundo não os percebemos. Nos dias de hoje vemos polícias a entrar nas favelas como se fossem para a guerra, com muito medo porque é certo que as armas deles sejam mais e bem melhores. O filme reforça e muito bem que existe uma linha muito ténue entre a honestidade e a criminalidade quando se está numa favela, porque no fundo parece haver poucas escolhas para quem lá vive. No dia seguinte pode acontecer o impensável e cada dia a cada instante o rumo das suas vidas podem mudar num piscar de olhos. As favelas não conhecem leis só conhecem o medo e a morte! No entanto ainda pode haver esperança, e essa mensagem também é importante, por caminhos tortos pode-se chegar ao bom caminho basta um pouco de cabeça...
Como é de esperar o filme é um pouco duro, não pelas imagens que estamos habituados a ver em outros filmes como o sangue, as mortes e os tiros, mas pela sua realidade, porque a violência acontece de facto todos os dias. A linguagem é claro pouco ortodoxa, alguns planos de imagem estão muito bem conseguidos e a narração da história suaviza e tira a “monotonia” dos tiros que acabaria por provocar a indiferença.
Para mim um filme a ver e não a rever!
Thursday, September 22
“Red Eye” de Wes Craven
O filme não é muito mau, mas também não é muito bom...vê-se, não é muito inovador e cenas de verdadeiro suspense só tem talvez duas. Por outro lado o actor Cillian Murphy que faz bem o papel de “mau” está a ficar cliché (depois de “Batman begins”), coitado...
“Bewitched” de Nora Ephron
No filme, um actor falhado dos nossos dias – Jack Wyatt (Will Ferrell) tem a última oportunidade de vincar em Hollywood, ao interpretar “Darrin”, num remake da série “Bewitched” dos anos 60. O problema consiste em encontrar a Samantha perfeita, cuja condição é abanar o nariz da mesma forma carismática que Elizabeth o fazia na série original. Paralelamente há uma bruxa de nome Isabel Bigelow (Nicole Kidman) que tenta ser normal e deixar a sua magia, embora seja tão utópico como o foi para a personagem da série. O previsível acontece e num encontrão entre os dois, Isabel fica com o papel, embora esta se apercebe aos poucos que a série rescrita está demasiado centrada em Jack.
O enredo decorre e o espectador diverte-se um pouco, há algumas cenas divertidas, algumas personagens da série original aparecem, mas Nicole Kidman aparece demasiado doce e Will Ferrell demasiado pateta. O filme passa um pouco pela desilusão...e penso que ainda mais pelos fãs acérrimos da série. De qualquer modo é um bom divertimento para um domingo à tarde.