Wednesday, October 5

“The Brothers Grimm” de Terry Gilliam


Em crianças ouvimos milhentas histórias para dormir de autores como: Hans Christian Andersen, Perrault e claro os Grimm! Com estes, pudemos ouvir histórias míticas como Branca de Neve, Cinderela, Rapunzel, entre outras. A escrita passou ao desenho animado e enraizou as mentes das crianças de todo o mundo, nas quais estivemos obviamente incluídos. Pela lente de Terry Gilliam chega-nos então uma história dos autores dessas mesmas histórias – os irmãos Grimm. Estes são interpretados pela parelha Heath Leadger – Matt Damon, que percorrem cidades à caça de bruxas e seres maléficos, numa Alemanha que se encontra na altura sob o domínio dos Franceses. É claro que tudo não passa de charlatanice, pelo menos até serem obrigados a investigar o caso do desaparecimento das meninas de Marbaden. Nesta aldeia nada é o que parece e o bosque está sobre o domínio de uma rainha-bruxa interpretada pela actriz Mónica Belucci. O mais engraçado no filme é a mistura de vários contos que não se relacionam mas que aqui encaixam, por vezes estranhamente. Para quem gosta de salgalhada o filme é ideal. Sinceramente gostei do filme mais pela parte fantástica, porque no fim de contas o filme não é de modo algum para ter lógica. Os cenários são engraçados e é um filme diferente, mas engane-se quem está à espera de um grande filme. Tem de se entrar no espírito, quem não entrar não vai gostar!
No que respeita aos actores não há muito que dizer, nem de bem nem de mal, encaixam mas não entusiasmam muito. Apesar do papel de Mónica Belucci ser pequeno deu-me a impressão que daria uma excelente bruxa má num possível filme da “Branca de Neve”, não só porque as duas personagens têm muito em comum mas porque visualmente encaixa como uma luva.

2 comments:

Uruk Riot said...

Não gostei deste filme, nem um pouco… Há várias razões por isso ter acontecido. Uma delas é por adorar histórias para dormir, acho as simplesmente magnificas, e um veículo fantástico de exemplos que nos podem ser bem úteis na vida real, e uma fonte de alimento de imaginação e diversão. Ainda permanecem bem vivas na minha memória as histórias da raposa e do lobo que a minha avó me contava quando era pequeno, histórias estas que farei questão de contar aos meus filhos. Este fascínio levou-me a ler livros de contos tradicionais de forma a ainda saber mais… Adoro mundos em que tudo é possível e assim ilógicos, até nem me importo que sejam caóticos, caso contrário não teria gostado tanto de ler “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll. Mas tenho que admitir, neste filme, não encontrei o espírito que caracteriza este Mundo Imaginário dos Contos. Para mim este filme apenas se limita a misturar as imagens de marca de todos os contos dos famosos irmãos, misturá-los bem misturados, ligá-los (coisa que não é difícil, visto que cada conto é apenas abordado em cerca de 1 a 5 minutos) e arranjar uma história. Ora a história não é nada do outro mundo, e a meu ver não é suficientemente explorada, perdendo-se o filme em cenas perfeitamente escusadas, que não trazem nada de novo, apenas para preencher o tempo necessário para que seja considerado uma longa-metragem. A isto tudo adicionamos efeitos especiais, e voilá! Um filme a meu ver sem magia, com uma ilógica sem piada, e uma coisa que não posso deixar de reprimir que é de não possuir uma lição de moral! Algo que esteve sempre presente nas histórias dos irmãos Grimm! Se a única lição de moral que podemos tirar é que não devemos deixar de acreditar no fantástico, ou acreditar no nosso irmão, acho que não foram bem sucedidos… “O filme podia ter sido melhor” a minha pergunta é: mas porque não o foi?
Em relação à Mónica Belucci, não posso deixar de concordar com a autora.

Boreas said...

Reafirmando o que tenho vindo a dizer de um filme que me deixou completamente atónito...primeiramente porque não era nada do que eu estava à espera, segundo pelo grau de absurdo mostrado, principalmente no modo como as histórias se misturavam.
Este filme para mim caracteriza-se em 2 palavras: "estranho" , "batido".

Porque realmente a formula é simples: Atire 10 a 20 contos adicione uma pitada de açucar e especiarias, leite, misture bem....e voilá.. não importava muito a ordem porque o resultado seria o mesmo.

Destaco as 2 coisas que gostei mais no filme, o clone de lama que se converteu no menino de gengibre, a cena mais assustadora e inspiradora do filme todo...

E realmente a bruxa má de Mónica Belucci que encarnou perfeitamente o espirito de malicia, encanto, sedução e dominio que qualquer bruxa má nas historias deveria ter.E tudo isso usando o espelho encantado, que sempre foi para mim de longe o elemento mais chamativo na história da branca de neve e algumas outras.