Friday, November 24
Tuesday, November 21
“The Departed” de Martin Scorsese
O único problema do filme e da maioria deste género é a falta de surpresa…que este só consegue parcialmente no final. As cenas de acção são muito cruas (não necessariamente mau) e para quem viu a cena final do Miami Vice, esta sabe honestamente a pouco. Jack Nicholson absorve completamente o ecrã ofuscando tudo e DiCaprio continua a ter infelizmente alguns tiques, mas parece-me no bom caminho. Não sou fã de Scorsese mas admito sem dúvida o seu calibre, é pena que este género esteja a desfalecer por falta de argumentos poderosos. Este até é bom mas falta-lhe qualquer coisa, prende o espectador e deixa-o expectante mas há qualquer coisa de dejá vu. Mas bom à mesma...por isso vejam.
Tuesday, November 7
Monday, November 6
“Children of Men” de Alfonso Cuarón
A história não é nova… a infertilidade é um problema cada vez mais actual, mas nunca a tão grande escala. O que será necessário para que massivamente todas as mulheres deixem de ser férteis de um momento para o outro? Culpa-se a poluição, culpa-se as novas tecnologias, mas a verdade é que nada disso é bem explicado ao longo do filme. É natural que a infertilidade aumente…mas e os países de 3º mundo? Será viável? Não me parece…Demasiado cliché a ideia de que apenas um mulher poderá salvar a humanidade e que pouca coincidência, ela é negra e “estrangeira”, tal como provavelmente a nossa origem, quando o homem veio de África. Até Maria, a mãe de Cristo o foi. O filme tem o seu quê de violento, não só visualmente como psicologicamente. Apesar das guerras do século passado ainda estarem muito presentes e as guerras do presente serem fruto de grande exposição mediática, o certo é que ainda nos espantamos com a nossa “humanidade”, com a nossa pequenez e como a própria política rege sobre as dificuldades.
O filme é mediano porque não se foca na explicação mas na acção, demonstra bem o caos e expõe por comparação inevitável o problema dos refugiados e dos emigrantes (ora não fosse o autor mexicano) e ao mesmo tempo caí no erro de não aproveitar bem os seus actores. A situação parece por vezes tão irreal como por vezes a própria representação, provavelmente por falta de densidade das personagens.
Sunday, September 17
“Volver” de Pedro Almodóvar
Sunday, September 3
“Miami Vice” de Michael Mann
“Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest” de Gore Verbinski
Enquanto que o primeiro cheirava a inovação, este segundo filme, continuação das aventuras de Jack Sparrow, é puramente um filler. Não só é delineado nos moldes do primeiro, como são inseridos personagens tipicamente desinteressantes, para justificar uma ligação entre a busca do cofre do homem morto e as personagens. Will Turner conta neste filme com a presença do pai que é pouco explorada, servindo de âncora a um argumento a meu ver pobrezinho…não fosse no fim o rival do primeiro filme tornar-se no apoteótico salvador. Além disto distorcem todo o romance em prol de quê? Continuam a dar uma espada ao pobre do Will e toma lá vê se fazes umas coisinhas, enquanto a tua personagem se desvanece na sombra do Capitão Jack. Até o ressurgido Capitão Norrington acaba por ter mais presença. Por este andar o último filme, terá certamente uma dicotomia Jack vs Will, em que a menina Swan será raptada por um pirata asiático, interpretado pelo extraordinário Chow Yun-Fat. Toda a fantasia do barco, o polvo gigante e as caracterizações pareceram-me pouco credíveis e demasiado infantis para um filme que apesar de tudo tem um público-alvo bastante adulto. Apesar de outros filmes serem nitidamente superiores, face aos valores de box office é realmente o filme deste verão.
Monday, July 10
“The Break-Up” de Peytoon Reed
Sunday, June 18
"Hard Candy" (2005) de David Slade
“She’s the Man” (2006) de Andy Fickman
No mundo das comédias adolescentes americanas teremos sempre o contexto “American Pie” misturado com uma hierarquia social cruel liceal, revelando sempre uma realidade um pouco irreal para os que cá vivem neste Portugal pequenino, mas que uma certa série televisiva tenta aproximar, vai se lá saber porquê…Não sendo fã deste tipo de comédias esbatidas e recorrentes, visualizei apenas com alguma satisfação “10 thing I hate about you”, que lançou Heath Ledger para o estrelato. De qualquer modo, despertam sempre o riso fácil e há dias em que de facto é o que necessitamos… “She’s de the Man” (Ela é Ele) tem traços da verdadeira comédia americana adolescente, há os jogadores de futebol, que neste caso são mesmo de Soccer e não de Rugby, há todo o escalão desde a miúda com aparelho à miúda mais sexy da escola…mas por incrível que pareça o filme não anda à volta disto…A personagem principal, Viola (Amanda Bynes) é uma rapariga que adora jogar futebol, mas tendo a sua equipa feminina sido eliminada e numa tentativa de provar o que vale, passa-se pelo seu irmão gémeo na escola rival para fazer parte da equipa de futebol masculina. É claro que acontecem desventuras habituais de uma rapariga fingir ser rapaz e ter um rapaz giro como companheiro de quarto…mas isso são pormenores a ver no filme…Não sendo de todo um filme genial, não nos deixa desiludidos por ser mais um filme para adolescentes, a verdade é que no meio esquecemo-nos de que efectivamente é disso que se trata. É um filme engraçado e passa-se um bom serão, mas não nos fica na memória por muito mais tempo.
(no Brasil o nome do filme é Ele é o Cara….ahahahahhah)
Sunday, May 28
“The New Word” (2005) de Terrence Malick
Em total poesia e comunhão com a natureza, as sucessivas imagens de “Novo Mundo” inundam-nos de paz, tranquilidade e beleza numa obra cinematográfica pautada pela glorificação da natureza como forma de amor que emana em todos os seus seres, mesmo sem que palavras necessitem de ser pronunciadas. E por tudo isto, este filme é extremamente calmo e com poucas falas, não deixando, no entanto, de ser intenso na sua transmissão.
Este filme retrata a vida e a época da famosa Pocahontas (Q'Orianka Kilcher), retrata igualmente o seu amor pelo Capitão John Smith (Colin Farrell) apresentando-o como real e não como algo platónico ao qual a Disney se associou, transmite igualmente a verdadeira essências das coisas. No mundo real prevalecem sentimentos mais estáveis, pois nem todos servem para construir uma existência, por muito mágicos que porventura possam ser. A felicidade nunca é a utopia que pensamos, pois à nossa volta ela existe efectivamente nas formas mais variadas. Além disto, encontramos uma Inglaterra necessitada de procurar novos mundos, novas formas de enriquecimento e de manutenção da sua população contrastando com a população nativa da América e os seus costumes, passando da paz inicial aos massacres e à grande redução de índios. O filme, apesar de bastante longo é um filme bastante belo e por isso não deve ser ignorado, conta uma história de uma forma peculiar, sem necessitar de um guião extensivo sobrepondo antes imagens que transmitem sentimentos poderosos. É quase um filme de culto, é necessário absorver a sua essência e aguentar as “paragens” da história, para se gostar verdadeiramente…Eu pessoalmente gostei, pela simplicidade, pela beleza, pela moral...Ele é talvez um pouco longo...É de focar a miúda de 15 anos (sim, na altura tinha 15… nasceu em 1990) que se aguentou muito bem, a sua expressividade e pureza foram sem dúvida uma mais valia…
No elenco constam também os senhores Christopher Plummer, Christian Bale (sempre bem…) e David Thewlis.
Para uns esta obra pode ser uma seca, mas se com jeitinho souberem apreciá-la decerto que não se arrependerão...
Sunday, May 21
“The DaVinci Code” de Ron Howard
O blockbuster do ano estreou-se mundialmente no dia 19 deste mês e eis que acontece a desenfreada loucura pelos primeiros bilhetes, as primeiras sessões...Nada melhor do que uma adaptação de um best seller mundial para arrastar multidões...Dan Brown escreveu o livro em 2001 e em crescendo se espalhou pelos vários continentes, traduzido em várias línguas, provocou tanta polémica quanto os “ofendidos” quiseram. Publicidade grátis? Ah pois é, ninguém resiste a um pouco de controvérsia. Li o livro há já algum tempo e confesso que me recordava apenas de alguns momentos chave, recordo-me perfeitamente que a revelação bombástica não me afectou, achei perfeitamente normal que Cristo se tivesse casado e eventualmente deixado descendência. Pergunto eu que mal tem isso? Se na bíblia, o livro mais lido de todos os tempos, está escrito “Crescei e multiplicai-vos (ou coisa que pareça)”, porquê que Cristo não poderia ter sido incluído, mesmo que apelidado de divino a sua condição humana é inegável. A própria ideia de uma igreja que caça e tenta destruir essa mesma linhagem é algo apenas aparentemente chocante, porque convenhamos que a história real da cristandade revela pouca pureza e digamos que está já um “pouco” manchada, mais uma nódoa ou não, acabamos por ficar na mesma. Falar de religião é sempre um tema controverso, primeiro porque os próprios factos se contradizem e quando algo se baseia em fé, então cada um tem a sua e não há quem tenha razão. A humanidade em crescimento exponencial é algo de muito perigoso por isso não é de admirar que existam histórias, religiões com o objectivo de conduzir o povo numa vivência terrestre mais serena. Concordo inteiramente na sua necessidade, os papéis dos profetas e reis foram importantíssimos, tanto para o bem como para o mal. Nunca saberemos ao certo quais as histórias verdadeiras, quais as aumentadas e fabricadas por um “bem” maior, o problema é quando deixa de existir este bem maior e começa a existir um clima de medo, intolerância, coacção e perseguição. O importante será cada pessoa atingir o seu equilíbrio no universo, com ou sem fé, com ou sem religião mas nunca esquecendo a tolerância e a livre vontade dos que as rodeiam.
Falando no filme, este conta com a participação de Tom Hanks (Robert Langdon), Audrey Tautou (Sophie Neveu), Ian McKellen (Sir Leigh Teabing), Paul Bettany (Silas), Jean Reno (Bezu Fache) e Alfred Molina (Bispo Aringarosa). Poder-se-á dizer um autêntico elenco de luxo, e se juntarmos os magníficos cenários, o Louvre, Paris, Londres, Temple Church, Roslyn Chapel e uma trama algo movimentada e efusiva o filme dir-se-ia ganho à partida. A questão é que com tanto isto ao dispor do realizador e dos próprios autores o filme sabe a pouco...Achei fantástico as cenas sobrepostas passado/presente, muito bem pensado, ficou muito bom! Dos actores devo dizer que Audrey está completamente encantadora, embora se note que o inglês custa a sair...dos restantes actores esperava mais, achei-os um pouco presos na representação, foram pouco inovadores na exploração das personagens...Não houve grandes desvios ao livro (penso eu), mas também não o melhoraram, as sequências de acontecimentos pareciam muito pautadas pela leitura do livro e no entanto não aproveitaram a parte do clímax para provocar mais suspense (não fazia mal nenhum pois nem toda a gente leu o livro).Em suma, o filme não deixa de ser engraçado e bom de ver (ai Paria Paris), mas faltou um toque de mestre.
Sunday, May 14
Enterro da Gata 2006
Recordando "Moulin Rouge"...
Can't stand the light
When will I begin
To live again?
One day I'll fly away
Leave all this to yesterday
What more could your Love do for me?
When will Love be through with me?
Why live life from dream to dream?
And dread the day when dreaming ends
One day I'll fly away
Leave all this to yesterday
Why live life from dream to dream?
And dread the day when dreaming ends
One day I'll fly away
Fly, fly away
Come What May Lyrics
Never knew I could feel like this
Like I've never seen the sky before
Want to vanish inside your kiss
Every day I love you more and more
Listen to my heart, can you hear it sings
Telling me to give you everything
Seasons may change, winter to spring
But I love you until the end of time
[Chorus:]
Come what may
Come what may
I will love you until my dying day
Suddenly the world seems such a perfect place
Suddenly it moves with such a perfect grace
Suddenly my life doesn't seem such a waste
It all revolves around you
And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song and I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And storms may collide
But I love you until the end of time
[Chorus]
Oh, come what may, come what may
I will love you, I will love you
Suddenly the world seems such a perfect place
[Chorus]
Será uma boa forma de manter o blog vivo???Recorrer à nostalgia de canções eternas???
Monday, April 24
"Os famosos moscãoteiros"
É escusado contar a famosa história inspirada no livro "Os três mosqueteiros" de Alexandre Dumas, mas vale a pena recordar a sua música, nomeadamente ouvi-la em outras línguas, como Espanhol, Francês, Hebreu, Alemão, Inglês e outras mais. Visitem o site http://www.muskehounds.com/ e podem aceder em The Theme Tune, tem igualmente outras coisas como trivia quiz e personality test... A mim calhou-me a Julieta :(
(um agradecimento especial a quem me mostrou o site)
Thursday, April 13
Citações, uma vez mais...
"Love is not affectionate feeling, but a steady wish for the loved person's ultimate good as far as it can be obtained." C.S.Lewis
"Many that live deserve death. And some die that deserve life. Can you give it to them? Then be not too eager to deal out death in the name of justice, fearing for your own safety. Even the wise cannot see all ends." J.R.Tolkien
"Life is pleasant. Death is peaceful. It's the transition that's troublesome." Isaac Asimov
"Love never dies a natural death. It dies because we don't know how to replenish it's source. It dies of blindness and errors and betrayals. It dies of illness and wounds; it dies of weariness, of witherings, of tarnishings." Anais Nin
Tuesday, April 11
“Deception Point”(2001) de Dan Brown
Este é o terceiro livro de Dan Brown traduzido em português e também o terceiro por ele escrito, um livro que abandona as charadas, os enigmas por resolver e as cidades mágicas com associações clandestinas pelo meio. Neste livro a intriga se centraliza na corrida à presidência por um senador ambicioso e sem escrúpulos, e numa descoberta bastante controversa da NASA. Adicionando os condimentos habituais de Dan Brown, eis que temos “A conspiração”, alguma semelhança com os seus restantes livros é simplesmente tudo menos coincidência…Na minha opinião este livro não puxa pelo leitor como os outros, a história está medianamente conseguida e toda a temática espacial não apaixona, tanto mais que não se compara a um bom livro de ficção científica. Poderei dizer que à medida que o li, revelou-se de facto um “Deception point”, pode chegar a entreter mas nada mais. É justo que a fómula de sucesso continue a ser aplicada, mas em termos esquemáticos as personagens acabam por mudar de nomes, de profissão mas o papel que desempenham acaba por ser semelhante. De 0 a 10, talvez um 6 muito esforçado.
“Ice Age: The Meltdown” de Carlos Saldanha
A saga de “A Idade do Gelo” continua com este segundo filme de animação, que conta com as mesmas personagens carismáticas : Manny, o mamute, Sid, a preguiça e Diego, o tigre dentes-de-sabre. Neste filme é claro contamos com a presença essencial de Scrat, o esquilo dentes- de-sabre que continua atrás da bolota, qual elixir dos deuses. Bastam alguns fotogramas de Scrat e da sua busca incessante para nos deliciar e divertir, aliás todo o filme nos diverte de uma forma inteiramente leve. Neste segundo filme, o problema destes animais deve-se ao aquecimento dos glaciares que provocará uma inundação, por isso eles são obrigados a fugir da morte certa, e é nesta fuga que a “manada” encontra um outro mamute (Ellie) e dois marsupiais (Crash e Eddie), com os quais partilham a viagem e as aventuras. Apesar de notoriamente existir algo de semelhante ao primeiro filme, este vale imenso pela individualidade, refrescado com novas personagens e sem dúvida com as óptimas qualidades do primeiro. É sem dúvida um filme essencial a visualizar, ninguém sai defraudado.
Monday, April 3
"Nanny McPhee" de Kirk Jones
Friday, March 31
Pérolas Infantis
Há uns dias Nuno Markl referiu na antena 3 o nome de um site - "O Mistério Juvenil", onde fez alusão a anúncios antigos, verdadeiras pérolas que relembram tempos passados a qualquer adulto actual. O site, ao carregar em momento mágico é simplesmente o voltar à infância com áudio/ vídeo de canções de séries, desenhos animados, anúncios etc...Encontram-se coisas maravilhosas como a canção e vídeo do vitinho, a canção da rua sésamo, Heidi, Era uma vez a vida...Vejam e ouçam, é fantástico como o tempo passa...
Já agora se gostarem de ver/ler o que Markl anda a fazer na antena 3 e não tem tempo para ouvir pode retirar os episódios no seu podcast no iTunes, ou lê-los no seu site Há vida em Markl.
Saturday, March 18
“The broker”(2005) de John Grisham
É de concordar que a história, talvez um pouco repetitiva até teria potencial, mas quando cheguei ao fim do livro senti-me verdadeiramente insatisfeita, o final é demasiado brusco e sem problemas, não há novidades, não há surpresa para o leitor. É sem dúvida um livro que se lê, mas que não diverte!
“Sophie Scholl - Die letzten Tage” (2005) de Marc Rothemund
(a semelhança parece óbvia não?)
Sunday, March 5
"Good Night and Good Luck" de George Clooney
– “See it Now” broadcast, March 9, 1954
Esta, é parte da transmissão mítica que ocorreu no dia 9 de Março de 1954, nos estúdios da CBS, denunciando para toda a América os métodos inquisitivos de Senador McCarthy na sua caça cega aos comunistas. Numa América aterrorizada e reprimida eis que alguns repórteres decidem combater o medo instalado, expondo a realidade. A equipa é liderada por Ed Murrow, o anfitrião dos programas “See it Now” e “Person to Person”, aquele que deu a cara na “luta” contra o senador e que foi notoriamente reconhecido pelos seus esforços, não só na construção de uma carreira sólida, mas dando início também à investigação jornalística no meio de comunicação que dava os primeiros passos, hoje inequivocamente o mais popular. Murrow e toda a restante equipa arriscaram-se dizendo não à passividade, à permissividade e ao medo.
George Clooney realiza e representa este “Good Night and Good Luck” expondo naturalmente questões políticas, mas dando uma achega importante ao papel da televisão, que acaba nos nossos dias por ser efectivamente um meio para nos iludir, entreter e isolar e não para nos informar (como é referido no filme). Vemos todos os dias o quão tendenciosa é a informação que nos chega na televisão, e como a verdadeira informação falha em grande parte. A questão fica talvez na definição do que é realmente a verdadeira informação… Nos dias de hoje é impossível dizer não ao entretenimento, já está demasiado entranhado em nós e no sistema, no entanto, é possível uma cooperação, se houver variedade, a televisão pode contribuir não só para o entretenimento, mas para a cultura, para a informação global e regional e para a consciencialização pública.
Este é notoriamente um filme que retrata uma época, a chamada Guerra-fria, uma “batalha” entre duas super potências, a ex-URSS e os EUA, não muito longe estiveram esses dias, e é um dia que apesar da nossa liberdade de expressão pode voltar. Ou melhor, existe em vários locais no globo e mesmo nos ditos de “1º mundo”, a opressão e o medo pode-se instalar de várias formas, subtis e até não é necessário olharmos pró terceiro mundo. Podemos seguir as nossas ideologias e crenças não interferindo na liberdade dos outros, dando a escolher, não limitar o mundo apenas aos olhos de quem tem esse poder.
Sem dúvida “Good Night and Good Luck” é um bom filme de apenas 93 minutos que sabem a pouco, com representações sólidas, o objectivo e a mensagem é suficientemente claro. David Strathairn esteve excelente como Murrow, um actor com uma voz penetrante, ideal para um comunicador nato. E ver o filme a preto e branco é simplesmente delicioso. Espero que ganhe algumas estatuetas, na minha opinião vale mais do que outros filmes que tanto frenesim provocaram desnecessariamente.
Monday, February 27
“As intermitências da morte” de José Saramago
“Brokeback Mountain” de Ang Lee
Monday, February 20
“Match Point” de Woody Allen
O filme é genial em muitos aspectos, inclusive no final, que é pena não poder discutir por estragar todo o propósito do filme. Para começar a banda sonora, totalmente ópera, desde Verdi a Bizet, muito bem conseguida, pois nos momentos chave da história lá está a opera a dizer mais qualquer coisa em adição ao filme, enfatizando-o de uma forma extraordinária. E os pormenores…por exemplo, não é mero acaso que Chris a certo ponto lê Dostoiévski, nomeadamente “Crime e Castigo”.
Este filme marcou-me por várias razões, a primeira tem obviamente a ver com o final, a segunda é notoriamente a questão que para mim é fundamental no filme, o subir na vida à custa de outrem. Na minha opinião somos o que valemos e não porque imitamos alguém e nos colamos a essa (s) pessoa (s). Concordo que realmente o factor sorte é importante, mas o é igualmente, senão mais, o esforço que dedicamos em cada ponto das nossas vidas, quando pensamos que nada se resolve, mas mesmo assim vamos à luta. Daí que a hipocrisia, a superficialidade e os interesseiros/calculistas me sugerem repulsa, mas neste filme tanto é culpado o que dá como o que recebe. Talvez uma característica desta sociedade britânica que é caracterizada, podendo ser transposta para qualquer sociedade alta, é a falta de alguma humildade (não estou a falar de donativos como fachada) e estando perante alguém que lhe é inferior, em termos de condição social, não o respeitam, são pequenos detalhes aqui e acolá que os metem à margem e no entanto são os mesmos que os ajudam a subir. A mão que bate é a mão que os faz tornar espectros, imitando um estilo de vida só por pensarem que é melhor, destruindo a própria felicidade em prol da superficialidade.
O filme é totalmente aconselhável, as actuações parecem-me bem, mas para mim o mérito vai em grande parte à história e à forma como nos é apresentada.
“Corpse Bride” de Tim Burton
Todo o mundo de Tim Burton é sempre fantástico, aliás como já estávamos habituados em “O estranho mundo de Jack”, todos os personagens têm o seu quê de especial e bem idealizados. Há sempre qualquer coisa de maravilhosa, ora as personagens ora o cenário ou mesmo a música. A banda sonora de Danny Elfman é graciosa, como já referi num post anterior muito ao estilo do autor, no entanto depois de ver o filme, vejo que o filme anterior de animação era mais musical, com uma música mais penetrante. De certa forma sou um pouco fã de Tim Burton, pois na maioria ele prima pelo imaginário muitas vezes estranho, por isso este filme não é excepção, contudo este seja um pouco light mas bom à mesma. É bom saber que ainda há filmes que passam a mensagem de que o amor é algo puro e altruísta, pois amar não é sufocar, é deixar viver e alegrarmo-nos por isso.
Parabéns a mim!!!
Ah e é claro um obrigado a todos que lêm e comentam!
Thursday, February 2
“Jonathan Strange & Mr. Norrell” de Susanna Clarke
Meados do séc. XIX, eis que a magia volta a Inglaterra!
Há séculos que a magia era predominante na Inglaterra, tudo graças ao Rei Corvo, que fora criado no meio de elfos, mas ele desaparecera e embora existissem inúmeros magos teóricos em Inglaterra, nenhum praticava realmente o acto mágico. A reviravolta acontece devido a Mr. Norrell, um senhor já com uma certa idade e enclausurado nos seus preciosos livros de magia, sendo estes os mentores da sua magia. Norrell (poder-se-á dizer um Mr Scrooge da magia) decide voltar a instaurar a magia em Inglaterra e esforça-se por o fazer, mas sozinho, sem rivais, para que as suas ideias sejam as universais. Na verdade, todo o país sofre transformações com a chegada de Norrell a Londres, pois a magia começa a tomar poder de tudo e mais ainda quando Jonathan Strange decide ser mágico. Este, é bastante mais intuitivo, deveras distraído e principalmente menos enfadonho do que Norrell e torna-se aluno deste último, diferenças entre eles são grandes no entanto há a magia a os unir.
Num livro puramente mágico da primeira à última folha, é nos contada a história de uma Inglaterra reminiscente de um reinado de um mago excelente e poderoso de nome John Uskglass, que se tornara rei da parte meridional da Inglaterra. Este rei desaparecera, a magia adormecera até aparecerem Norrell e Strange, ambos controversos para uma Inglaterra pouco já habituada à magia, mais habituada a que esta fosse apenas um mito, um passado perdido. Em tempo de guerra contra os Franceses, pois este livro está enquadrado perfeitamente na história e na época que é desenvolvida, acrescentando-lhe a pimenta, ou o chantilly se preferirmos algo mais adocicado, pela introdução de magos e elfos, estes bastante diferentes dos belos, angélicos, sensatos e distintos, a que estamos habituados em literatura do género de Tolkien.
É sem dúvida uma história extremamente interessante, que prende não só pela beleza, de como é contada a história, mas pelos seus pormenores, faz-nos sentir como se estivéssemos na Inglaterra no séc. XIX a viver a história durante todas as 733 páginas do livro. Este género fantástico é bastante ao meu género, sem dúvida que me fascinou imenso, fez-me sonhar, viver e imaginar, tudo aliado a uma época de que gosto particularmente. Um muito obrigado a quem mo deu, melhor não podia ser! Só dá é vontade de o ler novamente mas em inglês...
Será que o fim pressagia uma continuação? Ou será que a autora nos deu o privilégio de o continuar na nossa mente?
Para saber mais http://www.jonathanstrange.com/ !
Tuesday, January 31
Será o fim ou o princípio?
And the nominees are...
PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A LEADING ROLE
PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A SUPPORTING ROLE
PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A LEADING ROLE
PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE
BEST ANIMATED FEATURE FILM OF THE YEAR
ACHIEVEMENT IN ART DIRECTION
ACHIEVEMENT IN CINEMATOGRAPHY
ACHIEVEMENT IN COSTUME DESIGN
ACHIEVEMENT IN DIRECTING
BEST DOCUMENTARY FEATURE
BEST DOCUMENTARY SHORT
ACHIEVEMENT IN FILM EDITING
BEST FOREIGN LANGUAGE FILM OF THE YEAR
ACHIEVEMENT IN MAKEUP
ACHIEVEMENT IN MUSIC WRITTEN FOR MOTION PICTURES(ORIGINAL SCORE)
ACHIEVEMENT IN MUSIC WRITTEN FOR MOTION PICTURES(ORIGINAL SONG)
BEST MOTION PICTURE OF THE YEAR
BEST ANIMATED SHORT FILM
BEST LIVE ACTION SHORT FILM
ACHIEVEMENT IN SOUND EDITING
ACHIEVEMENT IN SOUND MIXING
ACHIEVEMENT IN VISUAL EFFECTS
ADAPTED SCREENPLAY
ORIGINAL SCREENPLAY
Saturday, January 28
Pride & Prejudice (2005) de Joe Wright
Por cá estreou o novo filme de Joe Wright “Pride & Prejudice” com Keira Knightley, Matthew Macfadyen e Judi Dench e suponho que muitos fãs da série e dos livros tenham ficado um pouco reticentes, porque seria difícil superar a série e colocar em 2 horas de filme o livro. Bem, por acaso não fiquei com esse preconceito, primeiro porque detesto comparar livros a filmes, são universos distintos e o que resulta bem num livro pode ficar péssimo no filme, de qualquer forma é impossível comparar uma série a um filme, não só pela necessidade de condensar a história, assim como o reduzido tempo dos actores para a interpretação, que seguramente numa série é extensivamente mais elaborada. A realidade é que o filme é bastante bom, tem paisagens fantásticas, transmite um contraste maior da sociedade, na medida em que se nota mais a diferença social, ora nos comportamentos, cenários, roupas, etc. Os actores principais Keira e Mathew portaram-se à altura, não o conhecia de outros filmes e fiquei maravilhada, talvez por isso ache que a representação dele tenha sido melhor que a dela, mas mesmo assim ela representou bastante bem o papel para a sua pouca idade. A série da BBC é a série ponto final. Acreditem, este filme não fica nada atrás, pelo contrário…recomendo vivamente! Só não se esqueçam que se trata de uma adaptação de um livro…não é o livro…
Ah…já me ia esquecendo Judi Dench soberba como sempre!!!
Friday, January 27
Wednesday, January 25
Bandas Sonoras
Monday, January 23
Se o tempo se esticasse...
Infelizmente isto anda um pouco parado, não há tempo para nada, de qualquer forma vou colocar algumas imagens de filmes que gostaria de ter visto (ou ver se ainda tiver tempo e disponibilidade).
Wednesday, January 18
63rd Golden Globes
Cecil B. DeMille Award : Anthony Hopkins
Best Motion Picture - Drama : Brokeback Mountain
Best Performance by an Actress in a Motion Picture - Drama : Felicity Huffman (Transamerica)
Best Performance by an Actor in a Motion Picture - Drama : Philip Seymour Hoffman (Capote)
Best Motion Picture - Musical or Comedy : Walk the Line
Best Performance by an Actress in a Motion Picture - Musical or Comedy: Reese Whitherspoon (Walk the Line)
Best Performance by an Actor in a Motion Picture - Musical or Comedy : Joaquin Phoenix (Walk the Line)
Best Performance by an Actress in a Supporting Role in a Motion Picture: Rachel Weisz (The Constant Gardener)
Best Performance by an Actor in a Supporting Role in a Motion Picture: George Clooney(Syriana)
Best Foreign Language Film : Paradise Now (Palestina)
Best Director - Motion Picture : Ang Lee (Brokeback Mountain)
Best Screenplay - Motion Picture : BrokebackMountain (Larry McMurtry e Diana Ossana)
Best Original Score - Motion Picture : Memoirs of a Geisha (John Williams)
Best original Song - Motion Picture : "A love that will never grow old" (Brokeback Mountain)
Best Television Series - Drama : Lost
Best Performance by an Actress in a Television Series - Drama : Geena Davis (Commander in Chief)
Best Performance by an Actor in a Television Series - Drama : Hugh Laurie (House)
Best Television Series - Musical or Comedy : Desperate Housewives
Best Performance by by an Actress in a Television Series - Musical or Comedy : Mary-Louise Parker (Weeds)
Best Performance by an Actor in a Television Series - Musical or Comedy: Steve Carell (The Office)
Best Performance by an Actress In A Mini-series or Motion Picture Made for Television: S.Epatha Merkerson (Lackawanna Blues)
Best Performance by an Actor In A Mini-series or Motion Picture Made for Television: Jonathan Rhys Meyers (Elvis)
Best Performance by an Actress in a Supporting Role in a Series, Mini-Series or Motion Picture Made for Television: Sandra Oh (Grey's Anatomy)
Best Performance by an Actor in a Supporting Role in a Series, Mini-Series or Motion Picture Made for Television: Paul Newman (Empire Falls)
Saturday, January 14
Bio
Uma nova etapa se aproxima para mim...em breve estarei em estágio assim como muitas das pessoas que conheço. E penso que teremos muitas coisas para contar relacionadas obviamente cm a biologia mas também com as desventuras de sermos estagiários em busca do saber. Por isso proponho que façamos um blog inteiramente biológico, até podemos incluir notícias engraçadas, artigos, palestras, conferências, o diabo a quatro... Para participar tanto pode ser estagiário ou simplesmente ainda aluno e tanto faz ser da UM ou de outra universidade, desde que esteja relacionado com a biologia. Deixe na parte dos comentários (ou via e-mail) a sua vontade, a sugestão de um título e URL gira para o blog. Eu pensei na URL como bionline.blogspot.com ou biologia.blogspot.com , ou qualquer coisa assim. Espero que haja aderência para tornar isto mais interessante, nesta convenção biológica!!
Saturday, January 7
"Naruto" de Masashi Kishimoto
Em primeiro lugar devo dizer que tudo o que escrevinhar neste post é de alguém que não conhece nada de animé e por isso não me matem...
Bem, dito isto, vou falar um pouco do meu recente vício, consumir episódio após episódio desta série japonesa de Masashi Kishimoto, iniciando-se em TV no ano de 2002. Até hoje vi os primeiros 40 episódios e tenho me entretido bastante, é uma série divertida, não muito violenta (pelo menos até agora), nem muito pornográfica e com uma boa dose de técnicas ninja. É apenas uma história simples de um rapaz órfão (Uzumaki Naruto) que tal como muitas das pessoas que se sentem sós, tenta atrair a atenção dos outros através das suas travessuras, e é com toda a sua força de vontade e de afirmação, perante os outros, que o leva a progredir no escalão ninja (se assim se pode dizer). Ele não fará o caminho sozinho, mas sim com a equipa liderada por Kakashi e composta por ele próprio mais Sasuke e Sakura. Esta equipa completa-se, pois a qualidade de um é o ponto fraco do outro.Juntos irão descobrir o que realmente é ser ninja, os perigos a enfrentar e é claro a responsabilidade crescente.
Não percebo nada de anime e as únicas séries japonesas que vi ( e não completamente) foi mesmo os Cavaleiros do Zodíaco (sinceramente lembro-me de muito pouco), Sailormoon e o Dragonball. Sei no entanto que existem outras que o seriam mas de que não tenho conhecimento, ou seja, nestas matérias de manga e animé sou um completo zero à esquerda. Apesar de ser leiga gostei particularmente dos filmes de Myazaki e continuo receptiva a leitura/visionamento light, que é para mim onde se enquadra “Naruto” – excelente para quem não conhece muito bem e presumo que quem seja conhecedor também goste...
A banda sonora também está engraçada, realmente não é todos os dias que se ouvem canções em japonês. A minha favorita é sem dúvida “Sadness and Sorrow”, muito triste e profunda mas muito bonita igualmente.