Sunday, September 3

“Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest” de Gore Verbinski


O primeiro Piratas das Caraíbas revolucionou o conceito cinematográfico da pirataria dos mares, elevando o filme a uma grande popularidade. Esta popularidade deveu-se não só à história, mas à fantástica interpretação de Johnny Depp como o pirata visualmente mais gay e cómico.
Enquanto que o primeiro cheirava a inovação, este segundo filme, continuação das aventuras de Jack Sparrow, é puramente um filler. Não só é delineado nos moldes do primeiro, como são inseridos personagens tipicamente desinteressantes, para justificar uma ligação entre a busca do cofre do homem morto e as personagens. Will Turner conta neste filme com a presença do pai que é pouco explorada, servindo de âncora a um argumento a meu ver pobrezinho…não fosse no fim o rival do primeiro filme tornar-se no apoteótico salvador. Além disto distorcem todo o romance em prol de quê? Continuam a dar uma espada ao pobre do Will e toma lá vê se fazes umas coisinhas, enquanto a tua personagem se desvanece na sombra do Capitão Jack. Até o ressurgido Capitão Norrington acaba por ter mais presença. Por este andar o último filme, terá certamente uma dicotomia Jack vs Will, em que a menina Swan será raptada por um pirata asiático, interpretado pelo extraordinário Chow Yun-Fat. Toda a fantasia do barco, o polvo gigante e as caracterizações pareceram-me pouco credíveis e demasiado infantis para um filme que apesar de tudo tem um público-alvo bastante adulto. Apesar de outros filmes serem nitidamente superiores, face aos valores de box office é realmente o filme deste verão.

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