Há alguns dias deu este grande filme na televisão, e sendo um filme clássico de há bastantes anos atrás, lá o gravei. Só o vi no domingo passado por razões de péssimo uso do pouco tempo que tenho. Admito que o filme nunca me despertou muita curiosidade, aliás quando este tipo de filmes antigos davam eu era demasiado pequena para os apreciar e já mais recentemente a oportunidade não surgia. É estúpido dizer isto mas nunca associei o filme à cidade de Casablanca (situada em Marrocos), portanto logo que o filme começou fiquei imediatamente fixada na TV para ver o que ia sair dali. Mais, isso não bastou para o meu interesse ser maior, pois Lisboa é constantemente mencionado, e porquê?! Porque o filme está enquadrado na época da segunda guerra mundial, em que muitos dos refugiados fugiam de Paris para Marselha e depois até Casablanca onde desesperadamente tentavam arranjar vistos para embarcarem no avião para Lisboa e só daí para a América, o refúgio final. É claro que a maioria não conseguia com efeito os vistos e acabariam por ficar por Casablanca. No meio desta história há claro uma história de amor, um pouco retorcida é certo e boas canções “As Time Goes By” como a principal, sem esquecer a famosa frase de Humphrey Bogart “ We will allways have Paris”.
O que eu achei mais engraçado foram os diálogos, a forma característica como Humphrey Bogart (Richard Blaine) fala, o típico americano da época e reparar no contraste da actriz Ingrid Bergman (Ilsa Lund Laszlo) com as actuais, a sua forma altiva e própria de estrela de cinema da altura e a própria personagem enigmática que interpreta. Embora seja impossível dissociarmos o conceito de actriz relacionado com a nossa época quando nos deparamos com filmes antigos, é algo que não podemos comparar, e a magia desses filmes está exactamente em serem tão diferentes, na representação, nos diálogos, nas filmagens, essencialmente em tudo. Ficam as histórias que tantas vezes se repetem mas que trazem sempre algo novo, e nova deve ser a forma com que olhamos o mundo e as pessoas.
E os cartazes dos filmes antigos, eu simplesmente adoro, bem acho que sou demasiado “antiquada”, embora ache que o termo não se aplique totalmente. Nesses cartazes transparece algo único, a que estamos desabituados se repararmos na banalidade que são os cartazes, acabam por não ser muito especiais, apesar das novas tecnologias. Não quero dizer que são todos maus e os antigos é que eram, não até porque temos melhores meios agora, mas por isso mesmo atraem-me pessoalmente os mais antigos, acho que porque são mais enigmáticos, mais trágicos, mais profundos, mais simples. O objectivo de um cartaz é atrair o público, ou por meio de um actor muito famoso ou por um conjunto de cenas que transmitam o filme, mas acho que às vezes centram demasiado no actor/actriz do que no filme e a sua história.
O que eu achei mais engraçado foram os diálogos, a forma característica como Humphrey Bogart (Richard Blaine) fala, o típico americano da época e reparar no contraste da actriz Ingrid Bergman (Ilsa Lund Laszlo) com as actuais, a sua forma altiva e própria de estrela de cinema da altura e a própria personagem enigmática que interpreta. Embora seja impossível dissociarmos o conceito de actriz relacionado com a nossa época quando nos deparamos com filmes antigos, é algo que não podemos comparar, e a magia desses filmes está exactamente em serem tão diferentes, na representação, nos diálogos, nas filmagens, essencialmente em tudo. Ficam as histórias que tantas vezes se repetem mas que trazem sempre algo novo, e nova deve ser a forma com que olhamos o mundo e as pessoas.
E os cartazes dos filmes antigos, eu simplesmente adoro, bem acho que sou demasiado “antiquada”, embora ache que o termo não se aplique totalmente. Nesses cartazes transparece algo único, a que estamos desabituados se repararmos na banalidade que são os cartazes, acabam por não ser muito especiais, apesar das novas tecnologias. Não quero dizer que são todos maus e os antigos é que eram, não até porque temos melhores meios agora, mas por isso mesmo atraem-me pessoalmente os mais antigos, acho que porque são mais enigmáticos, mais trágicos, mais profundos, mais simples. O objectivo de um cartaz é atrair o público, ou por meio de um actor muito famoso ou por um conjunto de cenas que transmitam o filme, mas acho que às vezes centram demasiado no actor/actriz do que no filme e a sua história.
De qualquer modo se não o viram vejam, e se sim revejam-no.
Óscares da academia:
Directing– Michael Curtiz
Óscares da academia:
Directing– Michael Curtiz
Outstanding motion picture
Writing (screenplay) - Julius J. Epstein, Philip G. Epstein, Howard Koch
Writing (screenplay) - Julius J. Epstein, Philip G. Epstein, Howard Koch
Se tiverem curiosidade ou mesmo pretenderem a letra de "As time goes by" vão http://www.reelclassics.com/Movies/Casablanca/astimegoesby-lyrics.htm.
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