Wednesday, July 13

“O Velho e o Mar”(1952) de Ernest Hemingway

Este é um dos livros mais conhecido de Hemingway, no entanto só recentemente o li. A expectativa era demasiado grande e o livro acabou por não me impressionar, fiquei com a impressão de que algo faltava. E que péssima tradução!! O livro é metafórico porque de certo modo podemos transpor a história do velho pescador Santiago para a nossa vida corrente, na qual necessitamos da mesma persistência do que ele, assim como as desventuras que encontramos e a força que podemos alcançar. A interpretação, é claro, fica ao critério do leitor. O mais provável é não ter conseguido atingir a sensibilidade da obra, porque a leitura que fazemos de um livro advém muito do estado em que nos encontramos, da nossa faixa etária e obviamente da forma de ser de cada pessoa.
Gostaria apenas de deixar algumas frases do livro que mais gostei:
“ (...) Não devo deixá-lo nunca tomar conhecimento da sua própria força, nem do que poderia fazer se corresse. (...) Mas, graças a Deus, não são tão inteligentes como nós, que os matamos, embora sejam mais nobres e mais capazes” (em relação aos peixes) [ a primeira frase faz-me lembrar o salazarismo...metade da segunda faz-me lembrar o Bush...tudo me transpira a política...daqui a pouco ando com a mania da conspiração]

“ O Homem não vale muito ao pé dos grandes pássaros e animais. Mais me valia ser esse bicho na treva do mar” ( bicho - o peixe)

“Além de que, pensou, tudo mata, de uma maneira ou de outra. Pescar mata-me, exactamente como me mantém vivo (...)”

Não esquecer que a história passa-se em Cuba e é de realçar os problemas políticos adjacentes, por isso não é de estranhar o 2º sentido que a obra tem pois a sua simplicidade torna isso mais veemente.

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