Thursday, June 9

Uma frase ... uma memória...uma época...

Está um tempo espectacular e nós enfiados nos livros... é que tem mesmo de ser, já que durante o semestre é impossível... Mas para alegrar (ou não) vou promover aqui um local para colocarem citações bonitas, tristes, sombrias...o que quiserem...
Eu vou deixar aqui uma das minhas favoritas:



“ No man is an island entire of itself every man is a piece of a continent, is part of the main.”


O autor é John Donne (1572-1631), um excelente poeta da sua época e que segundo consta refez a poesia inglesa. Esta citação não é de nenhum poema mas sim de “Meditation XVII de Devotions Upon Emergent Occasions”

Podeis ler uns dos seus poemas online em http://www.online-literature.com/donne/371/ ou em http://www.luminarium.org/sevenlit/donne/donnebib.htm , é à escolha!

Para mais citações - http://www.quotedb.com/!

5 comments:

SL said...

Eu conheci-o mesmo por acaso. Não sei se viste o filme " Era uma vez um rapaz" com o Hugh Grant e dos irmãos Weitz,bem lá no filme aparece a frase "No man is an island" e acho que o filme até começa nessa linha, já que a personagem tem tudo mas vive um pouco só...bem a frase ficou-me, mas depois apareceu num episódio de "Alias"(1 ª série ou 2ª)como uma espécie de código de programação da mente...e é aí que me foi revelado o autor... Adorei a frase e investiguei um pouco...até ao inacreditável acontecer...um dia passei na FNAC e comprei um livrito com os seus poemas...não sou nada dada a poemas mas lá vou tentando ler, sem aquela opressão de ter de dar um significado literário próprio dos poemas k nos obrigavam a ler no liceu...:)
Bem Oscar Wilde é sem dúvida exímio em frases que ficam por esse paradoxismo que falas...
Bem deixo outra de Oscar Wilde então:

"Skepticism is the beginning of faith."

SL said...

Pois é...a meu ver e ao de muita gente com quem falei sobre isso, é um bocado aquele sentimento de que nos impingiram sempre a forma de vermos as coisas. Eu não sei, não posso afirmar com certeza mas dizem-nos que um dito cujo queria dizer x quando na verdade podia ser y, a maioria até podia estar embriagado ou com tendências suicidas e etc...para mim um poema tem de se enquadrar é claro, pk senão n faria sentido, mas caramba há um limite...para mim n dá...ir até à mínima palavra é exasperante. É nestas alturas que eu dou graças a Deus por terem acabado as aulas de português, embora a gramática e afins façam imensa falta.
Por acaso Sofia de Mello Breyner Andersen e Miguel Torga foram os meus favoritos, mas como já disse não sou muito ligada à poesia...feliz ou infeliz/

Alberto said...

Aqui estou eu novamente a dar os meus palpites disparatados... ou não! Também quero dar o meu contributo para este "post" e por isso aqui vai uma das frases que eu mais admiro: "Um guerreiro confia nos outros, porque- primeiro- confia em si." de Paulo Coelho, no livro "Manual do Guerreiro da Luz".
Quase todo o livro é constituído por pequenas frases reflectindo neste ou naquele valor universal, sentimento, visão da vida, etc. Esta tem um significado especial porque salienta um aspecto que pode explicar o fracasso de muitos relacionamentos e interacções humanas na sociedade actual. Existe uma enorme falta de confiança no próximo e muitas vezes isso deve-se ao facto de não nos conhecermos a nós mesmos. Se não nos conhecemos, não sabemos os nossos limites nem a nossa capacidade de ultrapassar problemas ou obstáculos resultantes de uma entrega de fé na relação com o outro.
É esta a minha visão...

P.S.: Espero não ter sido demasiado confuso!

Alberto said...

Outro comentário mas agora em relação à poesia. Eu estou muito longe de ser um especialista nessa matéria ou de conhecer sequer o suficiente para elaborar teorias acerca disso! Na minha opinião a poesia é acima de tudo uma forma de expressão, uma arte. Quem cria um poema é influenciado ou inspirado primeiramente por si mesmo, por aquilo que sente, por aquilo que quer colocar no papel! só depois é influenciado pela época em que vive, pela sociedade, pelo tipo de linguagem utilizada...
Mas como em qualquer arte ou em outra actividade humana, existe a necessidade de catalogar tudo, de colocar as coisas no contexto cultural, na corrente literária , na ideologia política, etc! Nesse momento perde-se o sentido da poesia e da arte! Quando se escreve, quando se pinta um quadro ou quando se faz uma música não é para que esta transmita uma sensação apenas, uma mensagem apenas ou possua um só sentido! É para quem desfrutar dessa obra de arte possa senti-la e percebe-la á sua maneira! Porque a arte não é apenas para quem a cria, mas sim para quem a quer ou deseja...

SL said...

ya realmente é mesmo isso...é o tal sistema de autocolante...catalogamos tudo...pois é a nossa natureza humana a chamar mais alto...