Wednesday, June 22

"La Gioconda" (1503-1506)

“La Gioconda” é sem dúvida o quadro mais famoso de toda a história, até porque ninguém terá ficado indiferente ao “O código Da Vinci” de Dan Brown.
Este retrato é do grande Leonardo Da Vinci, é uma pintura de óleo sobre madeira e está actualmente no lindíssimo Museu do Louvre em Paris. Este quadro é famoso não só pela expressão dúbia da senhora em questão, como pelos mistérios da sua identidade e pela técnica do “sfumato” que dá uma sensação de perspectiva através do esbatimento de cores e contornos. É lindo... ninguém pode negar...mas porquê tão famoso? Afinal há quadros tão ou mais belos que são perfeitos desconhecidos.Bem como tudo na vida, o que gera polémica e dúvida acaba por ser sempre mais apelativo.
Devo dizer que já tive o privilégio de a poder observar e de reparar que ela está sempre a olhar para nós, independentemente do ângulo em que estejamos (sim eu fiz essa experiência). Uma outra coisa que me saltou à vista foi o seu tamanho, as suas medidas são 77 x 53 cm, eu sinceramente não fazia ideia e então fiquei parada a olhar para um quadro que na minha cabeça era bem maior. O Louvre está sempre repleto de pessoas, e mesmo que alguém não pretenda ver ou não saiba que a Mona Lisa se encontra na mesma sala apercebe-se logo do aglomerado de pessoas, e diga-se dos imensos flashs de vários japoneses e chineses com câmaras em riste, é pena que por muito que se tente tirar uma foto ela saí sempre desfocada...

3 comments:

SL said...

Ya...concordo plenamente, é claro que ir ao Louvre e não ver a Mona Lisa é como ir a Roma e não ver o Papa.É como dizes aquela zona a transbordar e o resto bem livre. Há realmente como tu dizes obras lindíssimas, inclusive francesas. Por ex. Jacques-Louis David que inclui o tão célebre quadro da "Sagração do Imperador Napoleão I e a Coroação da Imperatriz Josefina" e Eugène Delacroix, de referir a "A Liberdade guiando o povo" que é muito o lema de França.
(Lá está estou a falar de obras conhecidíssimas, mas prontos...)
O que deixa pena é infelizmente não se poder ver tudo com a devida atenção...por acaso só estive mesmo nessa ala, não cheguei à pintura moderna e tive muita pena.Pelo que me recordo estive na Ala Denon e depois também nas esculturas e arte grega e egípcia...
A ver se de vez em quando meto aqui algumas obras giras...temos tão pouco contacto com a arte...e por vezes não lhe damos o devido valor ( e por vezes também demais...)

Uruk Riot said...

Oh essa magnifica obra que mal consegui por os olhos em cima... Pois ainda era novo (ou seja ainda era pró baixito) e por haver um aglomerado enorme de pessoas que faziam uma meia lua bastante densa em volta da obra. Eu insisti comigo próprio para pelos menos vê-lo de relance, ("porque é como ir a Roma sem ver o Papa" como já foi dito), e assim ergui-me em bicos de pés e vi a obra, também fiquei surpreendido pois também pesava que era maior, mas não valia a pena tentar apreciá-lo daquela distância e em bicos de pés... Por isso dediquei-me às restantes obras. Não me lembro de nomes, mas lembro-me perfeitamente de ficar boquiaberto a contemplar uma pintura que ocupava toda uma enorme parede do edifício com pormenores tão detalhados que a dedicação e destreza do artista eram inquestionáveis.

Boreas said...

Eu já fui a Roma sem ver o papa....ou melhor..a Paris sem ter conseguido entrar no Louvre.
Voltando à nossa querida Monalisa tantas vezes caricaturada apreciada e sobretudo mistificada,é uma companheira de longa data na minha vida, dado que quando pequeno estava sempre na presença de uma cópia do tão famoso quadro,sempre a perguntar-me: Mas afinal quem é esta senhora?
Anos mais tarde vim a descubrir que ninguem sabe na verdade quem é a tal senhora...se o proprio Leonardo, uma conquista, ou, quem sabe...
Acho que serei velhinho e com netos(ou não), eu próprio com uma copia do quadro em casa e acabarei por continuar sem saber quem é afinal esta misteriosa senhora que conheci por toda a vida.

Bem sei que isto não tem nada a ver com o tema...mas apeteceu-me divagar um bocadito sobre a nostalgia do meu passado