Friday, November 24
Tuesday, November 21
“The Departed” de Martin Scorsese
O único problema do filme e da maioria deste género é a falta de surpresa…que este só consegue parcialmente no final. As cenas de acção são muito cruas (não necessariamente mau) e para quem viu a cena final do Miami Vice, esta sabe honestamente a pouco. Jack Nicholson absorve completamente o ecrã ofuscando tudo e DiCaprio continua a ter infelizmente alguns tiques, mas parece-me no bom caminho. Não sou fã de Scorsese mas admito sem dúvida o seu calibre, é pena que este género esteja a desfalecer por falta de argumentos poderosos. Este até é bom mas falta-lhe qualquer coisa, prende o espectador e deixa-o expectante mas há qualquer coisa de dejá vu. Mas bom à mesma...por isso vejam.
Tuesday, November 7
Monday, November 6
“Children of Men” de Alfonso Cuarón
A história não é nova… a infertilidade é um problema cada vez mais actual, mas nunca a tão grande escala. O que será necessário para que massivamente todas as mulheres deixem de ser férteis de um momento para o outro? Culpa-se a poluição, culpa-se as novas tecnologias, mas a verdade é que nada disso é bem explicado ao longo do filme. É natural que a infertilidade aumente…mas e os países de 3º mundo? Será viável? Não me parece…Demasiado cliché a ideia de que apenas um mulher poderá salvar a humanidade e que pouca coincidência, ela é negra e “estrangeira”, tal como provavelmente a nossa origem, quando o homem veio de África. Até Maria, a mãe de Cristo o foi. O filme tem o seu quê de violento, não só visualmente como psicologicamente. Apesar das guerras do século passado ainda estarem muito presentes e as guerras do presente serem fruto de grande exposição mediática, o certo é que ainda nos espantamos com a nossa “humanidade”, com a nossa pequenez e como a própria política rege sobre as dificuldades.
O filme é mediano porque não se foca na explicação mas na acção, demonstra bem o caos e expõe por comparação inevitável o problema dos refugiados e dos emigrantes (ora não fosse o autor mexicano) e ao mesmo tempo caí no erro de não aproveitar bem os seus actores. A situação parece por vezes tão irreal como por vezes a própria representação, provavelmente por falta de densidade das personagens.