Finalmente cá nos chega o tão esperado “A Maldição da Flor dourada” do realizador que já nos deliciou em filmes estupendos como “ Herói” e “A casa dos punhais voadores”. Século X, dinastia Tang…o Imperador Ping regressa ao palácio repleto de crisântemos (as tais flores douradas) para o festival Chong Yang. E é à sua chegada que despoleta a intriga imperial há muito congeminada…A Imperatriz congemina há muito um plano para destronar o imperador enquanto este lentamente a condena à loucura. Mas a intriga não pára aqui… a complexidade da trama é muito superior, bem ao estilo imperial da China, envolvendo os sucessores directos do imperador como peões acossados pelo complexo de Electra. A intensidade das cenas é por vezes cortante, desde a relação da mãe com os seus “filhos” e a forma acutilante, severa e ao mesmo tempo serena do Imperador, que é soberba. Gong Li e Chow Yun-Fat simplesmente fabulosos…A dimensão da batalha final com autênticos figurantes no filme é majestosa e ao mesmo tempo bela no filme que é o mais caro da China até à data. O filme é todo muito colorido e simbólico apesar do dourado dominar o filme. Os cenários são muito bons, desde o palácio, rico e majestoso, às montanhas agrestes…temos de tudo desde uma visão da criadagem, a ninjas e a soldados de todas as cores e feitios. O único quê deste filme para os fãs habituados às lutas de espadas e de ninjas será uma menor parte do filme para esta acção e uma maior intriga que não reduz o filme nem por sombras. É um óptimo filme…sem sombra de dúvidas.