Babel é um filme cru, nem sempre agradável, chega ao espectador de uma forma inesperada mas deixa a sua marca. Babel conta três histórias interligadas decorrentes em 3 continentes diferentes: América, África e Ásia. Em Marrocos, uma turista americana, Susan Jones(Cate Blacnchett), é alvejada acidentalmente. Os filhos desta, por consequência, vão para o México com a ama mexicana, por esta ter de ir ao casamento do filho. No Japão Chieko vive o drama de ser surda-muda e teenager incompreendida. Vive-se neste filme o drama do terrorismo, a facilidade com que uma brincadeira estúpida vira um problema político internacional, tal é a sensibilidade do mundo. O drama familiar, por vezes corriqueiro e livre de diálogo é posto à prova em circunstâncias de sobrevivência. O quão menor tudo se torna…e como é a grandeza do amor. México, problema político tão vincado…irritabilidade à flor da pele nas fronteiras…lei da sobrevivência e do egoísmo, desespero, falta de humanidade… uma má escolha pode se tornar numa catástrofe… Japão, cidade populosa…solidão extrema…Chieko apenas quer um pouco de carinho humano…não é afinal o que queremos todos??? Amor…presentes nas suas várias formas em cada história…é que é o mais importante…é o que ajuda nas alturas difíceis e é por ele que sofremos…nada mais…
Este filme vinca problemas actuais desde a imigração ilegal, o terrorismo/estado de medo e a incompreensão social/humana. É um filme intenso…é um filme de Iñárritu… Peca pelas passagens bruscas e não acho que Brad Pitt esteja assim tão bem como postulam. É um filme bom a fugir para o razoável, e apesar de tudo não me atingiu.