Sunday, May 28

“The New Word” (2005) de Terrence Malick


Em total poesia e comunhão com a natureza, as sucessivas imagens de “Novo Mundo” inundam-nos de paz, tranquilidade e beleza numa obra cinematográfica pautada pela glorificação da natureza como forma de amor que emana em todos os seus seres, mesmo sem que palavras necessitem de ser pronunciadas. E por tudo isto, este filme é extremamente calmo e com poucas falas, não deixando, no entanto, de ser intenso na sua transmissão.
Este filme retrata a vida e a época da famosa Pocahontas (Q'Orianka Kilcher), retrata igualmente o seu amor pelo Capitão John Smith (Colin Farrell) apresentando-o como real e não como algo platónico ao qual a Disney se associou, transmite igualmente a verdadeira essências das coisas. No mundo real prevalecem sentimentos mais estáveis, pois nem todos servem para construir uma existência, por muito mágicos que porventura possam ser. A felicidade nunca é a utopia que pensamos, pois à nossa volta ela existe efectivamente nas formas mais variadas. Além disto, encontramos uma Inglaterra necessitada de procurar novos mundos, novas formas de enriquecimento e de manutenção da sua população contrastando com a população nativa da América e os seus costumes, passando da paz inicial aos massacres e à grande redução de índios. O filme, apesar de bastante longo é um filme bastante belo e por isso não deve ser ignorado, conta uma história de uma forma peculiar, sem necessitar de um guião extensivo sobrepondo antes imagens que transmitem sentimentos poderosos. É quase um filme de culto, é necessário absorver a sua essência e aguentar as “paragens” da história, para se gostar verdadeiramente…Eu pessoalmente gostei, pela simplicidade, pela beleza, pela moral...Ele é talvez um pouco longo...É de focar a miúda de 15 anos (sim, na altura tinha 15… nasceu em 1990) que se aguentou muito bem, a sua expressividade e pureza foram sem dúvida uma mais valia…
No elenco constam também os senhores Christopher Plummer, Christian Bale (sempre bem…) e David Thewlis.

Para uns esta obra pode ser uma seca, mas se com jeitinho souberem apreciá-la decerto que não se arrependerão...

Sunday, May 21

“The DaVinci Code” de Ron Howard


O blockbuster do ano estreou-se mundialmente no dia 19 deste mês e eis que acontece a desenfreada loucura pelos primeiros bilhetes, as primeiras sessões...Nada melhor do que uma adaptação de um best seller mundial para arrastar multidões...Dan Brown escreveu o livro em 2001 e em crescendo se espalhou pelos vários continentes, traduzido em várias línguas, provocou tanta polémica quanto os “ofendidos” quiseram. Publicidade grátis? Ah pois é, ninguém resiste a um pouco de controvérsia. Li o livro há já algum tempo e confesso que me recordava apenas de alguns momentos chave, recordo-me perfeitamente que a revelação bombástica não me afectou, achei perfeitamente normal que Cristo se tivesse casado e eventualmente deixado descendência. Pergunto eu que mal tem isso? Se na bíblia, o livro mais lido de todos os tempos, está escrito “Crescei e multiplicai-vos (ou coisa que pareça)”, porquê que Cristo não poderia ter sido incluído, mesmo que apelidado de divino a sua condição humana é inegável. A própria ideia de uma igreja que caça e tenta destruir essa mesma linhagem é algo apenas aparentemente chocante, porque convenhamos que a história real da cristandade revela pouca pureza e digamos que está já um “pouco” manchada, mais uma nódoa ou não, acabamos por ficar na mesma. Falar de religião é sempre um tema controverso, primeiro porque os próprios factos se contradizem e quando algo se baseia em fé, então cada um tem a sua e não há quem tenha razão. A humanidade em crescimento exponencial é algo de muito perigoso por isso não é de admirar que existam histórias, religiões com o objectivo de conduzir o povo numa vivência terrestre mais serena. Concordo inteiramente na sua necessidade, os papéis dos profetas e reis foram importantíssimos, tanto para o bem como para o mal. Nunca saberemos ao certo quais as histórias verdadeiras, quais as aumentadas e fabricadas por um “bem” maior, o problema é quando deixa de existir este bem maior e começa a existir um clima de medo, intolerância, coacção e perseguição. O importante será cada pessoa atingir o seu equilíbrio no universo, com ou sem fé, com ou sem religião mas nunca esquecendo a tolerância e a livre vontade dos que as rodeiam.

Falando no filme, este conta com a participação de Tom Hanks (Robert Langdon), Audrey Tautou (Sophie Neveu), Ian McKellen (Sir Leigh Teabing), Paul Bettany (Silas), Jean Reno (Bezu Fache) e Alfred Molina (Bispo Aringarosa). Poder-se-á dizer um autêntico elenco de luxo, e se juntarmos os magníficos cenários, o Louvre, Paris, Londres, Temple Church, Roslyn Chapel e uma trama algo movimentada e efusiva o filme dir-se-ia ganho à partida. A questão é que com tanto isto ao dispor do realizador e dos próprios autores o filme sabe a pouco...Achei fantástico as cenas sobrepostas passado/presente, muito bem pensado, ficou muito bom! Dos actores devo dizer que Audrey está completamente encantadora, embora se note que o inglês custa a sair...dos restantes actores esperava mais, achei-os um pouco presos na representação, foram pouco inovadores na exploração das personagens...Não houve grandes desvios ao livro (penso eu), mas também não o melhoraram, as sequências de acontecimentos pareciam muito pautadas pela leitura do livro e no entanto não aproveitaram a parte do clímax para provocar mais suspense (não fazia mal nenhum pois nem toda a gente leu o livro).Em suma, o filme não deixa de ser engraçado e bom de ver (ai Paria Paris), mas faltou um toque de mestre.

Sunday, May 14

Enterro da Gata 2006



O site oficial das festas monumentais do enterro da gata este ano está bastante bom, simples e directo, vale a pena dar uma espreitadela, é certo que sexta-feira já começaram as festividades, mas nunca é demais lembrar que vale sempre a pena aparecer. O cartaz não é dos melhores que por cá apareceram mas que se dane o convívio é que é...Não se esqueçam de aparecer ao cortejo...finalistas é a nossa hora...

Recordando "Moulin Rouge"...


I follow the night
Can't stand the light
When will I begin
To live again?

One day I'll fly away
Leave all this to yesterday
What more could your Love do for me?
When will Love be through with me?

Why live life from dream to dream?
And dread the day when dreaming ends

One day I'll fly away
Leave all this to yesterday
Why live life from dream to dream?
And dread the day when dreaming ends

One day I'll fly away
Fly, fly away

Come What May Lyrics
Never knew I could feel like this
Like I've never seen the sky before
Want to vanish inside your kiss
Every day I love you more and more
Listen to my heart, can you hear it sings
Telling me to give you everything
Seasons may change, winter to spring
But I love you until the end of time

[Chorus:]
Come what may
Come what may
I will love you until my dying day

Suddenly the world seems such a perfect place
Suddenly it moves with such a perfect grace
Suddenly my life doesn't seem such a waste
It all revolves around you
And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song and I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And storms may collide
But I love you until the end of time

[Chorus]

Oh, come what may, come what may
I will love you, I will love you
Suddenly the world seems such a perfect place

[Chorus]


Será uma boa forma de manter o blog vivo???Recorrer à nostalgia de canções eternas???