Thursday, February 2

“Jonathan Strange & Mr. Norrell” de Susanna Clarke



Meados do séc. XIX, eis que a magia volta a Inglaterra!
Há séculos que a magia era predominante na Inglaterra, tudo graças ao Rei Corvo, que fora criado no meio de elfos, mas ele desaparecera e embora existissem inúmeros magos teóricos em Inglaterra, nenhum praticava realmente o acto mágico. A reviravolta acontece devido a Mr. Norrell, um senhor já com uma certa idade e enclausurado nos seus preciosos livros de magia, sendo estes os mentores da sua magia. Norrell (poder-se-á dizer um Mr Scrooge da magia) decide voltar a instaurar a magia em Inglaterra e esforça-se por o fazer, mas sozinho, sem rivais, para que as suas ideias sejam as universais. Na verdade, todo o país sofre transformações com a chegada de Norrell a Londres, pois a magia começa a tomar poder de tudo e mais ainda quando Jonathan Strange decide ser mágico. Este, é bastante mais intuitivo, deveras distraído e principalmente menos enfadonho do que Norrell e torna-se aluno deste último, diferenças entre eles são grandes no entanto há a magia a os unir.
Num livro puramente mágico da primeira à última folha, é nos contada a história de uma Inglaterra reminiscente de um reinado de um mago excelente e poderoso de nome John Uskglass, que se tornara rei da parte meridional da Inglaterra. Este rei desaparecera, a magia adormecera até aparecerem Norrell e Strange, ambos controversos para uma Inglaterra pouco já habituada à magia, mais habituada a que esta fosse apenas um mito, um passado perdido. Em tempo de guerra contra os Franceses, pois este livro está enquadrado perfeitamente na história e na época que é desenvolvida, acrescentando-lhe a pimenta, ou o chantilly se preferirmos algo mais adocicado, pela introdução de magos e elfos, estes bastante diferentes dos belos, angélicos, sensatos e distintos, a que estamos habituados em literatura do género de Tolkien.
É sem dúvida uma história extremamente interessante, que prende não só pela beleza, de como é contada a história, mas pelos seus pormenores, faz-nos sentir como se estivéssemos na Inglaterra no séc. XIX a viver a história durante todas as 733 páginas do livro. Este género fantástico é bastante ao meu género, sem dúvida que me fascinou imenso, fez-me sonhar, viver e imaginar, tudo aliado a uma época de que gosto particularmente. Um muito obrigado a quem mo deu, melhor não podia ser! Só dá é vontade de o ler novamente mas em inglês...
Será que o fim pressagia uma continuação? Ou será que a autora nos deu o privilégio de o continuar na nossa mente?


Para saber mais http://www.jonathanstrange.com/ !
valem bem a pena :)

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