Wednesday, December 28

Mensagens de Natal

O Natal já lá vai e o próximo só para o ano... :(
Aqui fica a melhor mensagem que recebi, alicio-vos a partilharem as vossas.
"Pai Natal está acamado, com insuficiência renal, úlceras nos trocanteres, diarreia, vômitos...mas não te preocupes! Mário Soares vai substituí-lo! Bom Natal!"

Friday, December 23

Feliz Natal para todos!!


“Hark! The Herald Angel Sing.
Glory to the new born King
Peace on Earth and mercy mild
God and siners reconciled
Joyful all ye nations rise
Join the triumph of the skies
With th’an angelic host proclaim
Christ is born is Bethlehem.”

A véspera de Natal já é amanhã, sendo para os Católicos a celebração do nascimento de Jesus Cristo o Salvador. Para todos é a celebração máxima do consumismo, por vezes mascarada pela chamada “reunião familiar”. O Natal é uma época excelente para campanhas de solidariedade, toda a gente sente que deve dar qualquer coisa às pobres criancinhas... Todos procuram o presente ideal para as pessoas que gostam e todos têm presentes a que se sentem obrigados a oferecer com aquele sorriso amarelo. É uma noite e puff acabou a generosidade, a chata da família, a boa disposição e até o sorriso amarelo.
Eu sempre adorei o Natal e o seu misticismo! Como criança que fui adorava e adoro receber presentes, quem não gosta?! Mas em comparação sinto que dei mais valor ao Natal como época em que se fazem imensos doces, decora-se a casa, o pinheiro, há canções natalícias em todo o lado, estamos todos em família e também aquele sorriso de surpresa com que se abrem os presentes por mais baratos que sejam. É engraçado sempre gostei mais dos presentes embrulhados do que do seu interior porque realmente há embrulhos mesmo apetecíveis. Diz-se que o natal é para as crianças, a oferta daquele brinquedo, eles não os largam durante a noite toda e por isso é difícil metê-los na cama tal é o êxtase. O que eu pergunto é se isto ainda acontece? Pelo que vejo as prendas são cada vez mais caras e as pessoas dão menos valor ao dinheiro que custa ganhar e que para muita boa gente é um sacrifício familiar severo. Detesto pensar que as crianças que não têm noção disto crescerão mimadas e que cada vez mais a sociedade irá se tornar fútil.
Este ano foi complicado entranhar o Natal, tanto foi o trabalho e pouco foi o tempo para cantarolar e enfeitar a casa. Ainda não estou completamente de férias e o Natal é amanhã e pronto acabou tudo...Também já não há crianças em casa, ou melhor a criança sou eu...logo perde-se sempre um pouco...e tenho pena porque é a época que mais gosto...
No entanto é sempre uma altura boa para resolvermos problemas antigos, olharmos para a nossa família e vermos onde podemos melhorar, o que podemos fazer para tornar a vida de todos mais feliz. Há pequenos gestos que são tão grandiosos e que nos esquecemos os quão importantes são! Por isso o meu conselho é não dar tanto valor às prendas e façam um esforço para estar com quem gostam e façam alguém feliz!

Saturday, December 17

“The Lion, the Wizard and the Wardrobe” de Andrew Adamson


Num mundo muito diferente do nosso, um leão chamado Aslan entoa uma bela canção e à medida que a canção prossegue nascem árvores e seres vivos, é um total momento da criação, nascendo assim a bela terra de Nárnia. No entanto, no momento da criação aparece uma bruxa chamada Jadis, trazida por mero acaso por Humanos a Nárnia no preciso momento em que Aslan cantava. E foi assim que o mal entrou em Nárnia e teve os seus primeiros reis humanos.
Séculos passaram em Nárnia e Jadis apoderou-se do título de rainha, transformando o tempo de forma a ser sempre Inverno sem Natal.
Nos princípios dos anos 40 a II Guerra Mundial está no seu auge e Londres é bombardeada, anunciando um aumento destes ataques. Assim na tentativa de salvaguardar as gerações futuras, as crianças são afastadas de Londres indo ou para casas de familiares ou então para casas de pessoas que os albergavam apesar de não os conhecerem. Peter, Susan, Edmund e Lucy dirigem-se de comboio para à casa do professor Kirke, um velho que vive numa casa grande e antiga governada pela Sra.MacReady. E é nessa casa que um guarda-roupa esconde um segredo, sendo o elemento de união de dois mundos distintos. É quando um dos pequenos o descobre que a aventura começa. Em Nárnia a mudança está perto pois a profecia diz que virão dois filhos de Adão e duas filhas de Eva que ocuparão os 4 tronos de Cair Paravel e a Paz reinará.

É este o mote deste filme baseado na obra de C.S.Lewis.
Quando vi o filme não deixei de estabelecer semelhanças entre Nárnia e a II Guerra Mundial, na medida em que em que uma guerra é sempre um guerra liderada pela ambição e poder, pelo desprezo dos adversários, deixando é claro a mensagem que o Bem prevalece sempre pois é liderado pelos inocentes e de mente pura, os corajosos que não olham para trás apesar do que deixam e pensam apenas do objectivo da Paz. Pois bem esta é a ideologia que se deve deixar às gerações seguintes pois o que infelizmente vemos na realidade é muito mais vil e mesquinho, de tal forma que só através de contos e fábulas poderemos continuar a incutir algum bom senso e esperança. É claro que pode ser uma extrapolação minha, mas o facto de existir tantos seres em Nárnia, todos diferentes, todos com a sua beleza, dando grande valor à Natureza e aos seres que a compõem poderá ser uma excelente mensagem para o futuro. Ou então não e é só fantasia tentando ocupar o tempo das crianças... Eu aponto para a primeira, pois já é da nossa natureza embelezarmos as histórias quando as temos de contar às crianças, porque sabemos que não é fácil contar a realidade.
O filme é muito simpático para esta quadra natalícia!

Em relação ao filme propriamente dito há algumas falhas em relação ao livro que escapam bem, talvez Jadis pudesse ser mais má... há outros erros pouco relevantes no filme como por exemplo a cor das meias de Lucy...mas isto já são niquices...
Visualmente acho que dificilmente podia ser melhor...

Wednesday, December 7

Trailers



Confesso que não sou uma entendida em internet e pouco menos em distinguir sites bons de maus, mas o http://www.apple.com/trailers/ é muito bom para ver trailers de avanço. Eu adoro ver trailers e delirei com este site, quando vou ao cinema dão sempre poucos e assim sempre-se pode escolher...

Monday, December 5

"The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe" de Andrew Adamson

Irá chegar em breve às salas de cinema o primeiro de 7 livros, baseado na obra de C.S.Lewis- "As crónicas de Nárnia". O filme é dirigido pelo realizador de Shrek (Andrew Adamson) e com a participação da WETA (a dos Srs dos Anéis) nos efeitos especiais. O filme promete!!!





site oficial: www.narnia.com

Sunday, December 4

“Elizabethtown” de Cameron Crowe


O último filme de Cameron Crowe conta com a participação de Orlando Bloom, Kirsten Dunst e Susan Sarandon, envoltos num problema familiar e pessoal de “Drew” a personagem central. Drew provoca um fiasco de 1bilião de dólares à empresa que trabalha, ficando devastado...mas as coisas ainda pioram com um telefonema (com o timing perfeito) de que o seu pai falecera. Um pouco atónito e apático tem de buscar o corpo do pai à terra onde este nascera – Elizabethtown. Nisto embarca num avião com uma hospedeira (Claire) que fala pelos cotovelos e que não o deixa em paz. Drew não consegue concretizar tudo o que acontecera nas últimas horas e por isso a constante expressão de vazio...A sua estadia em Elizabethtown permite-lhe reflectir sobre a sua vida e a relação que tinha com o pai e Claire é fundamental porque é o catalizador para toda a mudança que acontece nele.
O filme tem o seu quê de romântico acompanhado com a dor um pouco escondida da perda de um ente querido, de tudo o que se perde quando alguém não estará mais na nossa presença, das coisas que gostaríamos de falar e de ouvir... Embora o argumento não acentue em demasia a tristeza, ela está lá na expressão sempre constante e por vezes enervante de Drew. Em relação aos actores, não estiveram mal, Kirsten Dunst até me surpreendeu um pouco, mas ó o Orlando se põe fino ou então vão ser este tipo de filmes até passar da idade... há coisas bastante originais no filme, mas falta-lhe qualquer coisa para ser bom e não apenas razoável...

“A Nightmare before Christmas” (1993) de Henry Selick


Criado, desenhado e produzido por Tim Burton, este “O Estranho Mundo de Jack” é uma animação deliciosa tendo em conta a quadra em que nos encontramos.
Jack é nem mais que o rei das Abóboras, tendo a seu cargo o planeamento do Halloween, a noite mais importante para a sua comunidade. Esta comunidade é constituída por tudo o que possam imaginar, desde bruxas, vampiros, cientistas malucos ao Papão. Jack no entanto anda desanimado e ao vaguear pelo bosque vai parar à casa do Pai Natal, onde está tudo em frenesim na preparação da noite de Natal, com os brinquedos a serem feitos e embrulhados. Jack gosta do que vê e de todo o espírito natalício decidindo ser ele a fazer o Natal este ano também...mas Jack não se apercebe do que irá acontecer...O filme é em parte musical e é claro Danny Elfman está lá metido, não só dando a voz a alguns personagens como o próprio Jack (quando canta), como na banda sonora, assim como o fez nos Oompa Loompas e mais recentemente nos Skeletones em “Corpse Bride”.
O filme é divertidíssimo e está definitivamente entre as minhas animações preferidas.

Friday, December 2

“Les Choristes” (2004) de Christophe Barratier


“Os Coristas”, filme francês que tanto furor provocou em vários festivais no ano passado, é um mistura de “Música no Coração” e “Cabaret ao Convento”, na medida em que a música acaba por ser o motor para a “redenção” de miúdos rebeldes. “Os Coristas” tem como base a história de Georges Chaperot, levada já ao cinema por Jean Dréville com o título do livro “ La Cage aux rossignols”(1945).
“Fond de l’etang” (Fundo do pantâno), é uma escola do tipo internato dos anos 40 em que são “acolhidos” meninos órfãos e problemáticos. É nesta escola que “Clément Mathieu” (Gérard Jugnot) vai parar, ocupando o lugar de supervisor e professor. O director da escola, “Rachin” (François Berléand), é uma pessoa rígida que mantém os miúdos na ponta da espada, ordenando castigos por qualquer diabrura, castigos estes que podem ser comparáveis às solitárias de muitas prisões...As crianças podem ser capazes de muita maldade mas também, se dada a oportunidade, de coisas extraordinárias e basta a pedagogia certa. Clément Mathieu consegue-o e mais ainda pô-los a cantar e ainda por cima bem. Além da música Clément dá-lhes um rumo, algo por que lutar, algo mais que castigos e livros para estudar. E isso é mais evidente em “Pierre Morhange” cuja voz límpida e divinal inspira o artista e o dotado rebelde, permitindo-lhe uma vida diferente da que estaria destinado.
Pode-nos parecer estranho, mas nos internatos acontecia de tudo, alguns eram melhores do que outros, mas todos bastante severos. Ser alguém nunca foi fácil, principalmente quando se luta sozinho e os estímulos são negativos. Nesse sentido devemo-nos sentir privilegiados quando temos tudo ao nosso dispor.
As canções do filme são encantadoras, entram rapidamente no ouvido e no espírito.
Quem não gostar de musicais perde sem dúvida um bom filme!

Site oficial
http://www.leschoristes-lefilm.com/
Letra da música “Carresse sur l’océan” http://www.paroles.net/chansons/34743.htm

“Garden State” (2004) de Zach Braff


Zach Braff é mais conhecido em Portugal pelo seu papel de médico na série “Scrubs” (Médicos e Estagiários) que passa actualmente na Sic Radical. No entanto o jovem de 30 anos tem outras ambições, uma das quais realizou (em todos os sentidos da palavra) neste filme de baixo orçamento, um daqueles que são projectados em poucos cinemas, mas que são bem mais interessantes do ponto de vista humano.
Zach, realizador e actor, interpreta “Andrew Largeman”, um jovem “drogado” (comprimidos), impassível, de olhar parado, que volta à sua terra natal por ocasião do funeral da mãe. A relação com o pai não é das melhores, até porque é o seu psiquiatra, que o entope de comprimidos. Andrew já nem sabe se é “depressivo” porque o é ou porque lho impingiram, o mundo passa-lhe completamente ao lado, como se o corpo estivesse presente e a alma fugisse juntamente com os seus pensamentos. Ele reencontra velhos amigos e por acaso conhece “Sam” (Natalie Portman), uma rapariga que mente e fala de uma maneira compulsiva, fruto do sentimento de insegurança face às pessoas, mas no fundo é a pessoa mais “sã” que Andrew encontra. Sam tem um brilho no olhar e uma alegria interior inocente e pura. Enquanto isto Andrew tenta encontrar-se, situar-se no mundo, as mágoas antigas aparecem e Sam torna-se a sua cúmplice, a sua companheira, algo que ele não sabia o que era... e só assim as coisas tornam-se mais leves...e a vida pode finalmente continuar!
É certo que há vários elementos da história demasiado americanos e é difícil imaginar determinadas coisas no contexto em que vivemos, mas mesmo assim expõe muito bem a problemática da juventude em alguns aspectos, nomeadamente o uso abusivo de anti-depressivos, que vem sendo um factor crescente. O problema é na maioria das vezes a falta de comunicação entre as pessoas, que não desabafam os seus problemas e continuam numa viagem cada vez mais dura até à loucura, não dando a si mesmas a possibilidade de serem felizes e aproveitarem cada dia com um sorriso no rosto. E o mais grave é quando esta viagem sem volta é nos incentivada por familiares ou amigos.
Zach e Natalie encarnaram muito bem o papel, a apatia de Zach é perfeita e cada vez mais acho que Natalie faz qualquer papel com uma perna às costas. No papel de pai de Andrew temos o “hobbit” Ian Holm e Peter Sarsgaard no papel de amigo mais próximo.
O filme é extremamente aconselhável e fantástico para ver com amigos ( J ), mesmo porque é um pouco “doido”.