Monday, September 26

Caixinha mágica!

O ano teoricamente começa em Janeiro e acaba em Dezembro, todos nós sabemos, no entanto é em Setembro que tudo começa na realidade, as pessoas voltam ao trabalho, os estudantes à escola...as férias já lá foram e há que encarar um novo ano. É altura das televisões mudarem a programação, lançarem novos filmes que vão repetir inúmeras vezes ao ano...no entanto neste em particular há uma grande novidade...
O canto superior direito da SIC e da TVI (menos) é ocupado por um símbolo super importante, um que permite a classificação por idade da programação, e que constituiria um guia para pais e crianças. Muito bem, dez pontos para as ditas estações de televisão...podiam era ter se lembrado antes, bastava ver outros canais estrangeiros. A estação pública devia era ter sido a pioneira no assunto...
A medida é bastante importante, embora siga provavelmente o rumo dos cinemas em que qualquer pessoa em filmes com qualificação de maior de 18, é claro que assim podemos culpabilizar mais os pais por deixarem entupir os filhos de TV quando podiam fazer algo mais produtivo. Como já referi a medida é animadora e quando realmente assim é, é de desconfiar... comecei a ter mais atenção e reparei que por exemplo um programa como o CSI que para mim não devia ser transmitido às horas que efectivamente o é, tem nem mais nem menos que a qualificação de maiores de 12...por favor... crime, violência, mortos, cadáveres partidos aos bocados... Não é de admirar que a próxima geração seja violenta! É claro que cada criança tem a sua mentalidade e há pessoas mais “crescidas” do que outras...mas 12 acho inadmissível...quem é que faz essas classificações??? Aliás quase tudo sem ser a Fátima Lopes no SIC 10horas é para maiores de 12....
A televisão já anda nas lonas e cada vez mais há programas de bradar aos céus, telejornais super mega compridos, reality-shows para divertir o povinho, pacotes novela início da tarde+ fim da tarde + noite+ pela noite, dentro pelo preço de uma, falta de divulgação dos filmes e séries...enfim...por isso obrigado 2: por pelo menos respeitar o horário das séries, ter uma programação que dê para acompanhar e alguma cultura própria para consumo.
Ah boa...acabo de olhar para o televisor e está a dar o Herman...qual é classificação? Maiores de 12!!! É fantástico...acho que escuso de dizer coisa alguma...acho que quem faz as classificações nunca deve ter visto os respectivos programas.
Perdoemo-los por que não sabem o que fazem!

Friday, September 23

“Cidade de Deus”(2002) de Fernando Meirelles


Na “Cidade de Deus”, uma das várias favelas do Rio de Janeiro, o poder anda de mãos dadas com a morte, quem manda na favela é respeitado...mas não por muito tempo. Aparece sempre alguém a desafiar o poder, seja pelo dinheiro do tráfico de droga ou por ser ainda mais criminoso. A história desenvolve-se ao longo dos anos de um rapaz chamado “Busca-pé”, acompanhando os “bandidos” da época, uma artilharia cada vez mais pesada e regras cada vez mais duras. A visão é de inferno, as pessoas morrem nas favelas e isso parece nada significar, muito menos para a polícia que procura meio de ganhar algum lucro com a desgraça alheia. Parece um mundo completamente à parte daquilo que conhecemos e no entanto a criminalidade é conhecida mas não interiorizada. Ver este tipo de filmes faz-me pensar seriamente numa maneira de resolver o assunto, e acho que não chego a conclusão nenhuma...porque no fundo não os percebemos. Nos dias de hoje vemos polícias a entrar nas favelas como se fossem para a guerra, com muito medo porque é certo que as armas deles sejam mais e bem melhores. O filme reforça e muito bem que existe uma linha muito ténue entre a honestidade e a criminalidade quando se está numa favela, porque no fundo parece haver poucas escolhas para quem lá vive. No dia seguinte pode acontecer o impensável e cada dia a cada instante o rumo das suas vidas podem mudar num piscar de olhos. As favelas não conhecem leis só conhecem o medo e a morte! No entanto ainda pode haver esperança, e essa mensagem também é importante, por caminhos tortos pode-se chegar ao bom caminho basta um pouco de cabeça...
Como é de esperar o filme é um pouco duro, não pelas imagens que estamos habituados a ver em outros filmes como o sangue, as mortes e os tiros, mas pela sua realidade, porque a violência acontece de facto todos os dias. A linguagem é claro pouco ortodoxa, alguns planos de imagem estão muito bem conseguidos e a narração da história suaviza e tira a “monotonia” dos tiros que acabaria por provocar a indiferença.
Para mim um filme a ver e não a rever!

Thursday, September 22

Day 3 - Au revoir Paris, je t'aime beacoup!!!




Le Louvre!

Vista para fora do Louvre, a partir da janela da zona Sully!


Adieu...adieu...

“Red Eye” de Wes Craven


Quando vou ao cinema raramente reparo nos filmes de terror, nunca vi o “The Ring” e acho que também não planeio ver...e porquê? Bem acho que me passam ao lado...gosto de um bom suspense, mas monstros e espíritos, só num livro e só se for muito bom...Isto para dizer que este filme era metido na mesma caixa dos de terror se eu não o tivesse visto. É certo que eu não tinha lido nada sobre ele, mas mesmo assim o meu preconceito era imaginá-lo como de terror. Bem, acontece que de terror tem muito pouco, só um pouco psicológico, mas para mim muito leve mesmo. A história conta a vida de “Lisa Reisert” (Rachel McAdams) que trabalha num Hotel e que prepara-se para apanhar o avião para Miami, onde trabalha, depois de ter ido ao funeral da avó. No entanto o avião atrasa-se e ela conhece “Jackson Rippner” (Cillian Murphy) que acaba por ser o seu companheiro no avião. O pior acontece no ar e o rapaz chantageia-a com a morte do pai se ela não fizer um telefonema. E mais não digo...
O filme não é muito mau, mas também não é muito bom...vê-se, não é muito inovador e cenas de verdadeiro suspense só tem talvez duas. Por outro lado o actor Cillian Murphy que faz bem o papel de “mau” está a ficar cliché (depois de “Batman begins”), coitado...

“Bewitched” de Nora Ephron


O mais recente filme de Nicole Kidman relança à popularidade a série que marcou os anos 60. Na época a série era protagonizada por Elizabeth Montgomery que interpretava a bruxa simpática que se casa com um mero mortal.
No filme, um actor falhado dos nossos dias – Jack Wyatt (Will Ferrell) tem a última oportunidade de vincar em Hollywood, ao interpretar “Darrin”, num remake da série “Bewitched” dos anos 60. O problema consiste em encontrar a Samantha perfeita, cuja condição é abanar o nariz da mesma forma carismática que Elizabeth o fazia na série original. Paralelamente há uma bruxa de nome Isabel Bigelow (Nicole Kidman) que tenta ser normal e deixar a sua magia, embora seja tão utópico como o foi para a personagem da série. O previsível acontece e num encontrão entre os dois, Isabel fica com o papel, embora esta se apercebe aos poucos que a série rescrita está demasiado centrada em Jack.
O enredo decorre e o espectador diverte-se um pouco, há algumas cenas divertidas, algumas personagens da série original aparecem, mas Nicole Kidman aparece demasiado doce e Will Ferrell demasiado pateta. O filme passa um pouco pela desilusão...e penso que ainda mais pelos fãs acérrimos da série. De qualquer modo é um bom divertimento para um domingo à tarde.

Wednesday, September 21

Day 2 - Je Ne Regrette Rien!



Palais de Justice!


St. Chapelle!


A capela real de St.Chapelle!


Notre Dame de Paris!


Le Panthéon!


Jardim de Luxemburgo com a Torre de Montparnasse ao fundo!


St. Suplice! (em obras...bem precisa...)

Hôtel des Invalides!

Tuesday, September 20

Day 1 - Toujour Paris!!!!!!!


Museu de Orsay com o Sena em grande plano!


"Petite danseuse de quatorze ans" de Edgar Degas....Simplesmente lindo, soberbo....a melhor peça da exposição na minha opinião


Visita ao Sacré-Coeur!


Moulin Rouge!!

Monday, September 12

The Godfather: Part III (1990) de Francis Ford Coppola

Para mim, sem dúvida o melhor da extraordinária obra cinematográfica de Francis Ford Capolla. E porquê ? …porque é o culminar de tudo…o fim da vida de um Homem que olha para trás e vê as suas origens, o caminho que percorreu e vê o que lhe restou…e claro não falta a tragédia grega, porque a vida é um círculo, girando ora para um ora para outro lado, mas convergindo sempre para o mesmo ponto.
Não vou estar a contar a história porque senão perde a piada...mas garanto que vale mesmo muito a pena ver. As representações e as falas são soberbas, o papel que Andy Garcia interpreta caí lhe como uma luva e Al Pacino é como o vinho do Porto...
No papel de filha de Don Michael Corleone temos a filha do realizador, agora também com a mesma profissão - Sofia Coppola, com uma participação bastante boa...

Favorite Quote:

Michael Corleone: He'd better be careful. It's dangerous to be a honest man

Óscares:

The Godfather

1972 (45th)

ACTOR -- Marlon Brando {"Don Vito Corleone"}

[NOTE: Mr. Brando refused the award.]

BEST PICTURE -- Albert S. Ruddy, Producer

WRITING (Screenplay--based on material from another medium) -- Mario Puzo, Francis Ford Coppola

The Godfather Part II

1974 (47th)

ACTOR IN A SUPPORTING ROLE -- Robert De Niro {"Vito Corleone"}

ART DIRECTION -- Art Direction: Dean Tavoularis, Angelo Graham; Set Decoration: George R. Nelson

DIRECTING -- Francis Ford Coppola

MUSIC (Original Dramatic Score) -- Nino Rota, Carmine Coppola

BEST PICTURE -- Francis Ford Coppola, Producer; Gray Frederickson and Fred Roos, Co-Producers

WRITING (Screenplay Adapted from Other Material) -- Francis Ford Coppola, Mario Puzo

The Godfather, Part III

1990 (63rd)

Nenhum

Os Óscares são mesmo surreais…como é que o Al Pacino não ganhou …

Thursday, September 8

"Femme à l'ombrelle " (1886) de Claude Monet

E assim com òleo e pincéis se fazem belos quadros...o impressionismo puro de Monet é absolutamente deslumbrante, aqueles traços tão perfeitos dão uma sensação surreal à paisagem...no entanto é um entre tantos quadros belos do autor. Este encontra-se no Museu de Orsay, Paris...sem dùvida um local a não perder...

The Godfather: Part II (1974) de Francis Ford Coppola


Finalmente chegou às minhas mãos o dito cujo...

A segunda parte da grande saga escrita por Mario Puzo “O Padrinho” conta 2 histórias em paralelo: a de Vito Corleone, desde a sua infância até à idade em que constituí família e negócios, e a de Michael Corleone seu filho e actual Don da família. O papel de Vito é neste filme interpretado por um jovem Robert de Niro, juntando-se assim ao restante cast que “sobreviveu” do filme anterior... O filme é muito comprido (200min) mas é muito interessante... principalmente porque apesar de no primeiro termos noção de que Michael segue os passos do pai, embora não o desejasse, neste é ainda mais evidente, porque os anos passam, os problemas surgem, a família fica em risco e o seu mundo desmorona um pouco, tornando-o mais severo. Continuo a achar que a maneira como manobram as relações “familiares” chegando ao ponto de ser vida ou morte é impressionante. O filme é excelente e recomendável não só pela história mas pela forma como é contada e filmada (diga-se muito bem da câmara). Al Pacino é sublime...simplesmente fabuloso...

Friday, September 2